3-) O estudo da cultura de massa e o termo indústria cultural surgem, pela primeira vez, em um estudo publicado em 1947, em Amsterdã, por Theodor W. Adorno (1903-1969). Segundo ele, a cultura de massa não é um produto popular nascido em meio à população, mas sim uma imposição vinda de cima, organizada por quem controla o capital e a tecnologia; essa produção cultural visa ao lucro e é subserviente a quem detém o poder. Adorno afirma que a indústria cultural não pretende o desenvolvimento da consciência crítica, mas sim a reprodução dos valores e das ideologias dos grupos sociais que manipulam as suas mensagens.
Theodor Adorno analisa o fenômeno da cultura de massa, soba a ótica do conceito de indústria cultural, que corresponde
Alternativas:
a)
à expansão da capacidade cultural das massas urbanas, que ocorre em determinada etapa do desenvolvimento capitalista.
b)
à organização da produção em linhas de montagem sobre os segmentos do setor cultural, que se caracteriza pela produção em massa.
c)
ao fenômeno da exploração comercial e vulgarização da cultura, como também a ideologia da dominação, cuja preocupação é a produção em massa dos bens culturais.
d)
a um movimento cultural organizado pelos trabalhadores industriais, que reivindicavam por acesso às artes e literaturas humanas.
e)
ao processo de preservação da cultura popular em meio ao processo de exploração comercial, na qual a produção em massa dos bens culturais trazia mais autonomia para as identidades locais.
Respostas
Resposta:
letra "c" - ao fenômeno da exploração comercial e vulgarização da cultura, como também a ideologia da dominação, cuja preocupação é a produção em massa dos bens culturais.
Explicação:
corrigido pelo AVA
Indústria cultural está ligada ao entretenimento e ao consumo em massa. Portanto, a alternativa que melhor se encaixa é a LETRA C.
Na obra intitulada "Dialética do Iluminismo", também traduzida como "Dialética do Esclarecimento", Adorno e Horkheimer, filósofos da Escola de Frankfurt, teorizaram sobre o conceito de Indústria Cultural, embora apresentando teses distintas sobre o assunto.
Os pensadores, em pleno século XX, cunharam a "crise da razão humana", pois, para eles, o cenário de guerras não representava o homem segundo a sua racionalidade.
A razão humana, durante toda a Filosofia, era sinônimo do agir correto, do limite quanto às paixões, do dever ético. Porém, o contexto mostra que a razão humana é falha e foi manipulada socialmente para o mal.
Theodor Adorno contrapõe "indústria cultural" e "cultura de massa". Para ele, "indústria cultural" é um bem cultural apropriado pelo sistema capitalista, fazendo com que o povo consuma a arte capitalista sem consciência de que seu gosto está sendo coisificado e massificado, a fim de ser ponte para o lucro do empreendimento capitalista.
A partir do processo de mercantilização da cultura, não há cultura de massa, ou seja, cultura própria do povo. O que existe são culturas em formatos de bens que são usadas para enriquecimento da classe elitizada e a arte, uma ferramenta de manipulação para favorecer o consumo selvagem.
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