1.Como ficou conhecido o golpe de Estado
liderado por Napoleão Bonaparte na França?
2. De que modo a Revolução Francesa trans-
formou alguns costumes da população?
3. Escreva um parágrafo sobre a participação
das mulheres na Revolução Francesa, iden-
tificando seus limites.
Respostas
Resposta:Olá,Boa tarde!!
1)O 18 de Brumário foi um golpe de Estado comandado por Napoleão Bonaparte na França. No calendário revolucionário francês, este dia ocorreu em 18 de Brumário do ano VIII (9 de novembro de 1799 no calendário gregoriano). Através deste golpe, Napoleão colocou fim ao Diretório e iniciou a ditadura na França.
2)Algumas leis implementadas durante a revolução que garantia as mulheres direitos importantes. Como a lei do divórcio por exemplo que reconheceu a igualdade da no casamento, permitindo que homens e mulheres usassem o mesmo argumento para o divórcio.
3)Não se conhece o número exato de mulheres-soldados durante o período revolucionário francês (1789-1799). Há oitenta casos registrados nos arquivos parlamentares, militares e policiais, e informações biográficas esparsas sobre apenas quarenta e quatro. Entretanto, existem muitas referências em imagens e testemunhos da época. O deputado Grégoire (1750-1831) as elogiou oficialmente: “E vós, generosas cidadãs que participaram da sorte dos combates”. Essas constatações nos permitem supor que elas eram mais numerosas e bem integradas à vida militar do que pode parecer. Quase todas vinham de meios sociais modestos. Eram filhas de pequenos camponeses e artesãos, e tinham apelidos como Felicité Vai-de-bom-coração ou Maria Cabeça-de-pau. A maioria era muito jovem, como Ana Quatro-vinténs, que se alistou aos 13 anos, e aos 16 servia na artilharia montada.
As irmãs Fernig, com 17 e 22 anos, foram exceções: eram nobres, e combateram vestidas de homem no Exército do general Dumouriez (1739-1823), na fronteira da atual Bélgica. Fora da batalha, passeavam com roupas de mulher e carabina ao ombro. Tornaram-se heroínas nacionais. Quando sua casa foi arrasada pelos “ferozes austríacos”, o governo da Convenção Nacional (1792-1795) propôs que a reconstrução ficasse por conta da República.
Antes da Revolução, os oficiais da nobreza desprezavam os soldados. Já os líderes revolucionários valorizaram o serviço militar como a forma mais elevada de compromisso do cidadão com o Estado. O discurso da defesa dos homens livres contra os tiranos da Europa atraiu as cidadãs mais destemidas que aliavam o sentimento patriótico ao gosto pela aventura. Era também uma forma de integração oficiosa à cidadania. Reine Chapuy, de 17 anos, declarou que se alistara pelo desejo ardente de combater os tiranos e compartilhar da glória de fulminá-los. Outras foram à guerra para acompanhar os maridos, amantes e irmãos, e acabaram lutando ao lado deles, unindo o sacrifício pela pátria ao devotamento conjugal e familiar. Algumas haviam “nascido na caserna”, e a carreira militar era seu caminho natural. As circunstâncias da Revolução tiveram também um aspecto de liberação. Quando tudo estava em jogo, as mulheres puderam inventar novos papéis para si próprias.
Há registros da boa acolhida das mulheres-soldados por parte dos companheiros de armas. O capitão Dubois e sua mulher combateram juntos no 7º Batalhão de Paris. Ao ser ferido, sua esposa foi designada vice-capitã pelos outros soldados. Aos 19 anos, Liberté Barreau serviu com o marido no Regimento dos Pirineus Ocidentais. Foi intrépida na batalha: perseguiu os inimigos até sua debandada, e depois voltou para transportar o marido ferido para o hospital militar com a ajuda dos companheiros. Liberté impressionou pela coragem e pela devoção ao esposo. Rose Bouillon não foi menos heroica: continuou lutando na batalha mesmo após a morte do marido. Depois pediu dispensa do Exército para cuidar dos filhos do mesmo modo como havia se dedicado ao marido e à pátria. A Convenção Nacional lhe concedeu uma pensão de 300 libras e mais 150 para cada um de seus filhos em agosto de 1793.
Mas havia vozes discordantes: alguns cidadãos se queixavam abertamente das mulheres promovidas a oficial, alegando que os soldados tinham vergonha de receber suas ordens. Diminuindo o mérito das combatentes, explicavam aquela coragem como exceção, atribuindo-a ao milagre da Liberdade. Apesar de seus serviços, as soldadas foram incluídas em decreto governamental que dispensava e excluía do Exército todas as “mulheres inúteis” ao esforço de guerra, isto é, todas que não eram cantineiras nem lavadeiras. Lazare Carnot (1753-1823), membro da Convenção Nacional que organizou o recrutamento em massa de 1793, lamentava o flagelo que destruía os exércitos revolucionários: as mulheres que acompanhavam as tropas. Elas atrapalhavam a marcha dos batalhões, consumiam uma parte necessária dos alimentos, quebravam a disciplina e eram fonte da dissolução dos costumes de todos os militares.
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