• Matéria: Filosofia
  • Autor: Andresson11
  • Perguntado 9 anos atrás

Como o positivismo e a noção de neutralidade interferiram na reflexão sobre os limites da ciência

Respostas

respondido por: EduardoPLopes
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A crença positivista na neutralidade fez crer que a ciência era um "exercício puro", não influenciável por nenhum tipo de força externa e nem partindo de preconcepções (que não tem fundamento lógico, mas fundamentam as demais) que eram enviesadas.

Isto, claro, fez crescer uma concepção mítica da ciência, assim como fez crescer a crença no "cientificismo", a ideia que a ciência é capaz de resolver todos os problemas humanos.

Fez com que os deveres éticos e morais, que se relacionam diretamente com o subjetivismo, fossem afastados da discussão à respeito da ciência, pois esta estaria "acima da moral", não tendo qualquer relação com ela. Isto, claro, é um risco irrazoável.

respondido por: rahpaviotti
15

Resposta:

Elas interferiram de forma que a ciência não pode ser influenciável por nenhuma fonte externa, se distanciando do conhecimento, se desenvolvendo apenas para “saber mais”, se afastando dos deveres éticos e morais. Crescendo assim um pressuposto de que a ciência é capaz de resolver todos os problemas humanos, sendo assim, eles buscam o conhecimento pelo conhecimento.

Como a famosa frase do Comte que diz: “Saber para prever, prever para prover”, limitando o conhecimento a tarefa de apenas conhecer a realidade e uma vez provendo (conhecendo), poderia assim, organizar a sociedade. Dessa forma, deixa de ter o papel de interferir na realidade, mudar e ser arma de transformação do mundo real, pois não cabe mais aos cientistas essas funções.

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