• Matéria: Geografia
  • Autor: anazinha93
  • Perguntado 5 anos atrás

O que nos podemos compreender com as mudanças climáticas?

Respostas

respondido por: synarasilva14
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Resposta:

O termo mudança climática é mais amplo do que aquecimento global, que se refere apenas ao aumento da temperatura. O que se chama de mudanças climáticas inclui temperatura, intensidade das chuvas e eventos climáticos extremos, como furacões e ondas de calor. O clima do planeta muda constantemente ao longo do tempo

Explicação:

espero ter ajudado

respondido por: lalaariberi
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Resposta:

As mudanças climáticas são significadas como uma resposta da natureza pelas más ações dos homens, estruturando assim sua evidência: os homens agem inadequadamente provocando o aquecimento global, o clima é afetado por isso, o mundo sofre as consequências. As mudanças climáticas seriam assim resultado de um defeito moral dos homens.

Explicação:

Como se vê, é possível dizer que há, pelo menos, três espaços discursivos em que as mudanças climáticas são referidas e, portanto, significadas: o dos meios midiáticos, o da política pública e o científico. As formas de significação das mudanças climáticas são heterogêneas entre estes espaços e dentro deles, além de encontrarem-se em relação de sustentação, de articulação e de negação. Ou seja, os modos de significação destes três espaços estão em relação, por meio de citações, por meio de comentários, por meio de confrontações.

No espaço do discurso científico, podemos encontrar duas formas mais estabilizadas que compartilham a definição de o que significa mudanças climáticas, entretanto, há um desentendimento quanto às análises das razões pelas quais as mudanças climáticas acontecem. Apesar desta discordância, podemos considerar estas duas formas provenientes de uma posição científica hegemônica. Esta posição define as mudanças climáticas como uma mudança no estado médio do clima e em sua variabilidade que persiste durante um período prolongado de tempo (pensado em termos de décadas, ou mesmo séculos). Este é um lugar consensual que afirma o fato de que o clima vem variando em todas as escalas temporais e espaciais: a variação climática pode ser, inclusive, classificada em ciclos – glaciais e interglaciais. Se isso faz parte desde sempre da história da Terra, trata-se, consensualmente, de uma variação natural. Até este ponto há uma grande convergência nos debates científicos.

O ponto principal de discordância reside nas razões pelas quais há, nos últimos 150 anos, uma velocidade muito maior de alterações do que as encontradas em períodos anteriores. Ou seja, o estado médio do clima e de sua variabilidade vêm mudando muito mais intensamente do que em períodos anteriores.

Para um conjunto de cientistas, apesar da velocidade distinta, esta mudança se deve exclusivamente a causas naturais. A mudança climática, dessa posição, é provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de períodos comparáveis.

Há, no entanto, uma outra posição, que vem sendo a mais referida pelos meios mediáticos e pelas políticas públicas que compreende as mudanças climáticas enquanto alterações da média do clima e de sua variabilidade provocadas direta ou indiretamente pela atividade humana. Nesse debate, então, a variabilidade da média do clima pode ser atribuída a processos internos naturais dentro do sistema climático, entendida como uma variabilidade interna; e/ou pode ser atribuída a ações humanas, tomadas enquanto fatores externos, também chamados de antropogênicos, sendo entendida como uma variabilidade externa.

É importante ainda salientar que os fatores antropogênicos são inúmeros, relacionados à história das práticas humanas (práticas que são sociais, econômicas, históricas, políticas) como a industrialização, a urbanização, as relações econômicas, o extrativismo, o desmatamento, a obsolescência programada, a falta de transporte público, a priorização de rodovias em detrimento de ferrovias e hidrovias, as monoculturas, o latifúndio, dentre vários outros fatores que podem ser relacionados às mudanças climáticas.

No espaço discursivo das políticas públicas há a predominância quase que absoluta de compreender as mudanças climáticas como ocasionadas por fatores externos, sem desconsiderar que os fatores internos fazem parte da história do clima da terra. O que varia, no caso das políticas públicas, são os tipos de ações de controle das mudanças climáticas, normalmente tomadas, em uma relação de empréstimo com o discurso científico, como ações de mitigação e de adaptação.

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