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Quando se tornaram independentes na década de 1960, vários países africanos herdaram dívidas da colonização e também se endividaram com a comunidade internacional para construir seus novos Estados.
No final dos anos 1970, após as crises do petróleo, as taxas de juros dispararam.
Uma terceira onda de endividamento veio nos anos 2000, com o desembarque da China, que logo se tornou o primeiro credor do continente.
Vários credores estatais aceitaram a suspensão por doze meses do serviço da dívida dos países mais pobres do mundo, dos quais 40 são africanos.
Trata-se de um adiamento, na ausência de uma anulação, que representaria apenas uma pequena parte da dívida total do continente, estimada em 365 bilhões de dólares, um terço dos quais seria destinado à China.
Além dos empréstimos concedidos por certos Estados ou organizações internacionais, geralmente com taxas muito baixas, os países africanos emitiram também dívidas nos mercados financeiros internacionais, o que dificultaria uma moratória ou uma anulação da dívida, segundo o economista togolês Kako Nubukpo.