A luta dos negros brasileiros durante a ditadura pode ser pensada em dois campos que, por sua vez, se conectavam: o cultural e o político.
No campo cultural, a valorização do negro dentro da cultura brasileira começou a desenvolver um espaço próprio. As velhas teorias da mestiçagem e a ideologia da “democracia racial” começaram a ser duramente criticadas por intelectuais, artistas e agitadores culturais. No mundo acadêmico, sociólogos como Florestan Fernandes desenvolveram críticas sofisticadas e aprofundadas à ideia de “democracia racial”, demonstrando como os negros foram integrados à sociedade industrial e urbana, com a manutenção da uma situação de dupla exclusão, social e racial.
No samba, por exemplo, incrementou-se um processo de valorização das raízes negras e africanas, ainda que o gênero fosse símbolo de brasilidade. No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, na explosão da “black music”, artistas como Tim Maia e Tony Tornado colocaram em pauta explicitamente a questão da luta contra a discriminação.
Movimentos negros. Memórias da Ditadura, 2019. Disponível em: . Acesso em: 22 de jun, de 2019.
A partir do texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Segundo Florestan Fernandes, democracia racial não existe no Brasil.
II. A ideia de democracia racial ganhou força durante a ditadura militar.
III. No campo cultural, por exemplo nas músicas, os negros foram bastante discriminados.
IV. No campo social, os negros foram aos poucos ganhando espaço e ascendendo no meio industrial e urbano.
Respostas
Resposta:
I e II.
Explicação:
Florestan Fernandes fez críticas sofisticadas e aprofundadas à ideia de "democracia racial", demonstrando que ela não existe. Durante a ditadura militar o mito da democracia racial ganhou força. FEEDBACK DA RESPOSTA DA PROVA
A democracia racial pode ser encarada como um mito pelo fato de que muitas pessoas não tem acesso a uma real democracia, pautada por direitos, igualdade e liberdade, muitas pessoas são marginalizadas pela cor da sua pele, assim, as alternativas I e II estão corretas.
Assim, diversas pessoas acabam sofrendo com o preconceito enraizado, das pessoas que acreditam que uma cor de pele faz com que pessoas sejam melhores, porém, na ditadura essa ideia de democracia racial cresceu.
O racismo ainda é muito presente no Brasil, apesar de ser considerado uma prática criminosa, muitas pessoas ainda propagam esse tipo de comportamento, isso comprova que a democracia racial ainda é um mito no Brasil.
Leia mais sobre democracia racial em: brainly.com.br/tarefa/10184685