• Matéria: Português
  • Autor: milenacarvalho280
  • Perguntado 5 anos atrás

Cadernos


Na minha adolescência, eu escrevia diário. Às vezes usando cadernos de escola que não chegavam ao fim; mais vezes comprando um especial. Especial porque eu sabia que ele ia ser o meu diário, a cara dele era igual aos outros da escola.


Acabava um e começava outro; escrevi não sei quantos cadernos. Era uma escrita apressada, de letra virada garrancho, toda esquecida dos exercícios de caligrafia de quando eu era criança. Era um registro compulsório de tudo o que me acontecia: emoção, dúvida, tristeza, expectativa, estava tudo lá. E era compulsório sim: ninguém sabia que eu empilhava aquela escrita toda, nunca tive vontade de mostrar os meus cadernos pra ninguém, e mesmo pensando uma vez ou outra, quem sabe um dia eu vou ser escritora? Nunca me ocorreu corrigir um período, uma frase, tampouco abrir o dicionário pra tirar a dúvida que tantas vezes me batia, se aqui tinha um S antes do C, se ali tinha acento ou não —, mas eu tinha que escrever.


Pra mim, escrever diário era uma cerimônia meio secreta: eu achava superdifícil escrever na sala, ou tendo alguém perto. A impressão era que eu só escrevia mesmo se eu ia pro meu quarto e fechava a porta. Habituei-me. E até hoje, mesmo pra escrever uma carta, o meu primeiro movimento é me isolar e fechar a porta.


Tinha dias que eu escrevia horas a fio. 
Tinha dias que eu só escrevia uma página. 


Mas, se eu não escrevia, eu me afligia. E, muitas vezes, se eu não escrevia de dia, eu acordava no meio da noite pra escrever. [...]


Foram quase três anos de escrever diário. Não me lembro de ter sentido cansaço ou tédio naquelas horas. Não me lembro de algum dia — um só — ter pensado, essa coisa de ter que escrever é meio chato, não é não?

 

Nesse texto, a linguagem utilizada no trecho “Habituei-me.” (3º parágrafo) é comum em

aplicativos de mensagens instantâneas.

conversas presenciais entre amigos.

programas de comédia televisiva.

redes sociais de relacionamentos.

textos jornalísticos on-line.




Respostas

respondido por: evelinleandro00
34

Resposta:

conversas presenciais entre amigos

Explicação:

acho que essa é a resposta por ser um pouco "formal"


evelinleandro00: oiee
milenacarvalho280: vc pode me ajudar nessa atividade de português
evelinleandro00: claro
milenacarvalho280: Apesar de pertencerem a épocas distintas, uma característica do Texto 1 que permanece no Texto 2 é
a angústia de viver.
a exaltação à pátria.
a glorificação de entidades religiosas.
a personificação de elementos da natureza.
a vontade de desbravar terras distantes.
milenacarvalho280: o texto 1 e 2 tá no meu perfil que tem essas alternativas
evelinleandro00: Vou ler os textos e falar as respostas pra ti amiga ,já volto
milenacarvalho280: ok
milenacarvalho280: conseguiu ver as respostas
evelinleandro00: Não sei as respostas amg...me desculpa :((
Tel013: A exaltação à Pátria
respondido por: gupires14
38

Resposta:

conversas presenciais entre amigos

Explicação:

Eu faço por eliminação das alternativas, do porque não vai ser essa alternativa, desse jeito:

aplicativos de mensagens instantâneas.- Não, pois uma característica desses tipo de conversa é as abreviações e não se atentam muito a utilizar a grafia correta

conversas presenciais entre amigos. - FOI A UNICA QUE SOBROU

programas de comédia televisiva.  - Não, eles utilizariam mais abreviações, linguagens informais, regionais para da o humor

redes sociais de relacionamentos.  _ Não vejo motivo para ela ser utilizada aqui

textos jornalísticos on-line. -O texto jornalístico impresso deve seguir as mesma normas do on-line, e como ela utilizou o pronome "ME" para se referir a ela em primeira pessoa, textos jornalísticos o jornalista não se refere

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