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Contextualização:
Nesse período da idade média, a Europa era completamente dominada pelo clero, que com o passar dos anos, havia ficado cada vez mais corrupto, e tentava drenar ao máximo o dinheiro da população (composta, em sua maioria, pobres e analfabetos). As chamadas indulgências, eram, literalmente uma garantia de morada no céu.
Tese 1: "Ao dizer: 'Fazei penitência', etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência."
→ Ao comprar uma carta de indulgência, o céu era garantido, sendo assim, quase todos agiam como se não precisassem seguir qualquer conduta (roubavam, se embebedavam, adulteravam, etc). Com sua primeira tese, Lutero quiz dizer que o cristão deve, na verdade, viver toda sua vida em penitência (agir de acordo com a Bíblia, não pecar, pedir perdão, etc).
Tese 36: "Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência."
→ A igreja católica vendia essas cartas como se fossem a única forma de salvação, mas Lutero afirma que independente de quaisquer indulgências, se arrepender e pedir perdão é a verdadeira forma de se redimir.
Tese 89: "Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?"
→ Ao contrário da lógica "uma vez comprada uma carta, é certa a salvação", as cartas eram vendidas várias vezes à mesma pessoa, com diversas desculpas, como um "prazo de validade". Lutero repreende o ato, questionando a intenção do clero ao vender as cartas de indulgência (apenas mais uma forma de roubar o dinheiro dos camponeses).
Espero ter ajudado, boa sorte ae (-b '^')-b