Qual foi importância do ensino para a 1.a República?
E quais eram as principais medidas educativas?
Respostas
Diante da fragmentação organizativa e da falta de uma orientação nacional, surgiram diversas propostas de reforma. As ideias positivistas ganharam força com a reforma de 1890, organizada por Benjamin Constant. Ele propôs mudanças nos ensinos primário (de 7 a 13 anos) e secundário (de 13 a 15 anos) do Distrito Federal, priorizando disciplinas científicas como Matemática e Física, em detrimentos das humanas, que eram o foco das escolas de primeiras letras, criadas no Império.
A resistência da elite e da Igreja católica impediram que o projeto de Constant avançasse, mas ele abriu espaço para outras propostas. A que alcançou maior êxito foi a reforma paulista, implementada de 1892 a 1896. Ela tinha como base a criação dos grupos escolares. Esse modelo (que foi replicado na maioria dos estados), reunia em um mesmo espaço as antigas escolas de primeiras letras. O ensino passou a ser organizado em séries e os estudantes foram divididos por faixa etária.
A intenção do governo paulista era abrir quatro novas Escolas Normais, mas só a da capital saiu do papel no início da República. Paralelamente, foi criada uma solução rápida, mas de qualidade inferior: as escolas complementares. Foi preciso, também, estruturar a administração da Educação e formular diretrizes e normas. "Isso gerou novas relações de poder dentro das escolas e, a partir de 1894, surge o cargo de diretor escolar", registra Jorge Uilson Clark, no artigo A Primeira República, as Escolas Graduadas e o Ideário do Iluminismo Republicano: 1889-1930.
Na base pedagógica da reforma paulista estavam princípios como a simplicidade, a progressividade, a memorização e a autoridade, fundamentada no poder do professor e em prêmios e castigos aos estudantes.