Desenterrado em 1975, o crânio de Luzia é o mais antigo fóssil humano já encontrado nas Américas. Transportado de Minas Gerais para o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, permaneceu anos esquecido entre caixas e refugos do acervo da instituição. Foi ali que o arqueólogo Walter Neves, da Universidade de São Paulo, USP, o encontrou alguns anos atrás. Ao estudá-lo, fez descobertas surpreendentes. Os traços anatômicos de Luzia nada tinham em comum com o de nenhum outro habitante conhecido do continente americano. A medição dos ossos revelou um queixo proeminente, crânio estreito e longo e faces estreitas e curtas. De onde teria vindo Luzia? Seria ela remanescente de um povo extinto, que ocupou a América há milhares e milhares de anos e acabou dizimado em guerras ou catástrofes naturais?
A hipótese de Walter Neves acaba de ser reforçada por um trabalho feito na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Com a ajuda de alguns dos mais avançados recursos tecnológicos, os cientistas ingleses reconstituíram pela primeira vez a fisionomia de Luzia. O resultado é uma mulher com feições nitidamente negroides, de nariz largo, olhos arredondados, queixo e lábios salientes. São características que a fazem muito mais parecida com os habitantes de algumas regiões da África e da Oceania do que com os atuais índios brasileiros.
Fonte: TEICH, Daniel Hessel. A primeira brasileira.
A partir da análise do texto podemos concluir corretamente que:
A
A África parece ser o lugar de surgimento de toda a humanidade.
B
a tecnologia ainda precisa fazer muitos avanços antes de dizer como Luzia se parecia.
C
o cientista Walter Neves tirou conclusões que se opõem a dos cientistas ingleses.
D
Luzia é muito parecida com os índios brasileiros
Respostas
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Resposta:
A) a África parece ser o lugar do surgimento de toda a humanidade
Explicação:
o crânio tinha características negroides, diferentes das dos índios que povoaram depois o continente. A análise de seu rosto pôs a arqueologia de pernas para o ar.
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