construa o seu autorretrato em forma de poema fazendo referência a pessoas que marcaram sua história com momentos importantes da sua vida
pode escrever o poema rimando as palavras, de asas a sua imaginação
Respostas
Resposta:
ses
Autores
Recentes
MAIS
Poema Auto Retrato Cerca de 12 poema Auto Retrato
Auto-retrato
Provinciano que nunca soube
Escolher bem uma gravata;
Pernambucano a quem repugna
A faca do pernambucano;
Poeta ruim que na arte da prosa
Envelheceu na infância da arte,
E até mesmo escrevendo crônicas
Ficou cronista de província;
Arquiteto falhado, músico
Falhado (engoliu um dia
Um piano, mas o teclado
Ficou de fora); sem família,
Religião ou filosofia;
Mal tendo a inquietação de espírito
Que vem do sobrenatural,
E em matéria de profissão
Um tísico profissional.
Manuel Bandeira
165 Adicionar à coleçãoVer imagem
O Auto Retrato
No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Terminado por um louco!
Mario Quintana
416 Adicionar à coleçãoVer imagem
Auto-Retrato Falado
Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.
Manoel de Barros
1 Adicionar à coleçãoVer imagem
O AUTO RETRATO DE BENGUELA
No Quilombo do Piolho
Sem local de nascimento
Brota a própria guerreira
Que singra a subsistência.
A História do Quariterê
Gira Teresa de Benguela
Tão sucessão da região
Vira a Rainha Negra.
Numa célula Vila Bela
Supre via de defesa
Alinha monarquia de regras
Vez comunidade de resistência.
No quina do pantanal
Eleva ação de víveres
Para esperança de liberdade
Ora lavoura de resistência.
O conto da missão
Sem o final feliz.
Todavia, mutação de andança
Há lição de experiência.
Na real afro-latino-americana e Caribenha
Reveste nome da líder
Em 25 de julho,
A emissária mulher negra.
Tal dia consciência negra
É precursora da escravidão
Tal noite de batalha.
Expôs minúcias de libertação.
Contra algema do agora
A missão de conhecimento
No auto retrato da gente.
Faz pelejar de consciência.”
Prof. Gilberto Moura
Essa e a resposta :D