• Matéria: Geografia
  • Autor: guinhovoir
  • Perguntado 5 anos atrás

por que a população soviética estava descontente com o governo no período de crise da grande potência?​

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respondido por: nameless01
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Resposta:

Explicação:

Esse desenvolvimento militar não foi, entretanto, acompanhado pela indústria de consumo civil, que na década de 70 se viu ultrapassada em qualidade e oferta pelos produtos do mundo capitalista ocidental. Em outra frente, a agrícola, as coisas iam de mal a pior: por ineficiência técnica e problemas climáticos (invernos rigorosos), as colheitas soviéticas declinavam vertiginosamente.

Entretanto, a envelhecida liderança soviética não era capaz, por comodismo ou ineficiência, de promover as mudanças radicais de que a URSS precisava. Assim se passam os anos 70. As coisas se aceleram na década de 80. Do outro lado do Atlântico, chega ao poder dos EUA Ronald Reagan, que, como presidente do conservador Partido Republicano, vê na URSS um mortal inimigo a ser combatido em todas as frentes. O governo norte-americano passa a armar as guerrilhas afegãs, afundando a URSS numa guerra de desgaste violento. Por sugestão do presidente, a indústria de guerra americana começa a desenvolver um sistema de defesa espacial antimísseis, que ficou conhecido como “Guerra nas Estrelas”. Isso era muito para a indústria bélica soviética e as velhas lideranças do PC.

Sobe ao poder em 1985, como secretário-geral do Partido Comunista da URSS, Mikhail Gorbachev, em que sua primeira proposta, ao assumir o governo, foi promover uma tentativa de reestruturação do socialismo soviético, injetando maior dinamismo à economia. Essa proposta, conhecida como perestroika, pregava maior liberdade no funcionamento das empresas, maior liberdade para as iniciativas privadas e a possibilidade, se bem que limitada, de investimentos externos. Como tal proposta não surtisse alterações, apesar de aplaudida pelos líderes do partido, Gorbachev tenta uma segunda proposta: a glasnost. A palavra russa, que significa “transparência”, queria dizer que eram necessárias críticas ao sistema para que este se reestruturasse. A glasnost propunha, então, maior liberdade de expressão, maior possibilidade para que as pessoas manifestassem suas insatisfações, o que favoreceria a busca de soluções para os problemas.

Se, por um lado, a glasnost permitiu realmente maiores críticas ao sistema, por outro lado, diversas pendências que se arrastavam pelos anos de fechamento político começaram a vir à tona: a insatisfação de membros do Partido Comunista diante da falta de oportunidades políticas dentro do PC, entre eles Boris Yeltsin, ex-prefeito de Moscou, que sai do partido para fundar outra agremiação política (mais tarde seria eleito presidente da República da Rússia, ainda dentro da URSS); o desejo de independência por parte de nacionalidades descontentes dentro da União etc.

As reformas que eram encaminhadas por Gorbachev, e eventualmente aprovadas pelo Congresso, não surtiam efeito. Aumentava a insatisfação popular, influenciando o surgimento de 15 novos países (que faziam parte da URSS) em 25 de dezembro de 1991 com o colapso da União Soviética. Além dos bálticos, ganharam a independência Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão, Casaquistão, Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão e Quirguistão.

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