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Resposta: A partir de setembro, mosquitos Aedes aegypti, que passaram por um processo de implantação da bactéria Wolbachia, começam a ser liberados em Belo Horizonte. Este projeto, já realizado em outros países, é considerado promissor para redução da transmissão da dengue, zika e chikungunya.
Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em 60% dos insetos, mas não é encontrada no Aedes aegypti. Pelo Método Wolbachia, conduzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), este micro-organismo é implantado nos ovos do inseto, impedindo que os vírus das doenças transmitidas pelo mosquito se desenvolvam dentro dele.
Explicação: Com a liberação dos mosquitos que contém a bactéria, a expectativa é que eles se reproduzam, estabelecendo-se, assim, uma nova população dos insetos, todos com o micro-organismo. Os pesquisadores afirmam que não há modificação genética no processo.
O líder do Método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira, disse que o estudo para controlar essas doenças já foi implementado por pesquisadores do World Mosquito Program (WMP) em 12 países.
Ainda segundo ele, os testes em Belo Horizonte seguem em 2021, 2022 e 2023. “Uma vez por semana, por 16 semanas, faz a liberação dos mosquitos com Wolbachia”, explicou.
Um estudo semelhante ao que será realizado na capital mineira pelo WMP na Indonésia indicou uma redução de 77% nos casos de dengue, virologicamente confirmados, nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com a bactéria.