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As grandes navegações: resumo completo sobre o movimento
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HISTORIA
As grandes navegações: resumo completo sobre o movimento
julho 5, 2020
Já ouviu sobre as Grandes Navegações? Então saiba o que foi esse movimento, sua importância histórica e como ele descobriu um novo mundo!
Descobertas impulsionadas por vários fatores, problemas e interesses
Maior conhecimento sobre Astronomia, desenvolvimento de embarcações mais resistentes, instrumentos de navegação, descoberta da pólvora e seu uso na confecção de armas — essas foram algumas das circunstâncias que geraram o contexto perfeito para que europeus finalmente tivessem coragem de ir além das fronteiras do limitado e Velho Continente em busca de terras e conquistas. Quer saber como isso aconteceu? Confira este resumo sobre as grandes navegações e entenda como elas literalmente descobriram um Novo Mundo.
Grandes navegações: resumo
Até o Século XV, a maior parte das civilizações que normalmente estudamos se concentrava em torno do Mediterrâneo. Egípcios, babilônios, medo-persas, hebreus, gregos e romanos ergueram impérios em torno desse mar. Mais tarde, os bárbaros que invadiram o Império Romano e formaram muitas das nações europeias conhecidas que também não ultrapassavam um limite: o Estreito de Gibraltar.
Razões para isso não faltavam. As embarcações ainda não eram tão resistentes e dificilmente teriam sucesso em um oceano aberto. Muitos ainda acreditavam que a Terra era plana e que, se seguissem viajando por essas águas, cairiam em um abismo infinito.
Outro ponto importante para essa limitação era o escasso conhecimento cartográfico. Os mapas traçavam apenas uma pequena parte do planeta, e com contornos bastante diferentes dos atuais.
Com as limitações físicas e de conhecimento, surgiram crenças míticas. Afirmava-se que os oceanos possuíam grandes monstros marinhos, que atacariam as embarcações. Além disso, eles acreditavam que ao Sul os mares eram tão quentes que ferviam, colocando os navegantes em risco.
Contexto das grandes navegações
Felizmente, o conhecimento se desenvolveu. Ao observar as embarcações que se lançavam ao mar, estudiosos começaram a perceber que elas desapareciam à distância aos poucos, da base para o topo. Esse fato indicava que a Terra não era plana, mas esférica.
Além disso, outras descobertas contribuíram para impulsionar a ousadia de navegadores. Eles desenvolveram instrumentos de navegação que se baseavam na posição dos astros para a localização das embarcações. As novas caravelas pareciam muito mais resistentes que os navios anteriores. A pólvora começou a ser utilizada para fabricar armas potentes, capazes de combater inimigos (ou monstros).
Objetivo das grandes navegações Porém, nenhum fator é tão importante para impulsionar mudanças que o interesse econômico. A rota das Índias pelo Mediterrâneo foi interrompida pelos turcos otomanos, que conquistaram Constantinopla em 1.453.
A conquista otomana dificultou a obtenção de mercadorias vindas das Índias: tecidos e tinturas, tapetes, especiarias (cravo, canela, gengibre, pimenta…), marfim, açúcar, incenso, drogas, ópio e porcelana. Os comerciantes de Veneza passaram a ter o monopólio desse comércio e estabeleciam preços abusivos.
Diante da nova realidade, os europeus reconheceram a necessidade de buscar um novo caminho rumo às Índias. A alternativa era se lançar ao mar. Alguns navegadores acreditavam que era possível dar a volta na Terra pelo oceano para chegar ao território. Outros acreditavam que era melhor contornar a África.
Independente da hipóteses, a navegação pelos oceanos tinha dois objetivos principais: descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar terras desconhecidas nas campanhas de exploração. Os territórios recém-descobertos se tornariam fonte de matéria-prima para os europeus.
Devido a esses interesses e necessidades, algumas monarquias europeias começaram a investir nesse movimento de exploração dos mares. Portugal e Espanha se destacaram, até mesmo por sua posição avançada em relação ao Oceano Atlântico. Assim se iniciou o período das grandes navegações.
Portugal tinha ainda outras vantagens que garantiram o pioneirismo português. Além da localização estratégica, o país tinha o forte apoio da Igreja Católica, que pretendia expandir sua base de fieis. Eles haviam investido em um centro de estudos de navegação — a Escola de Sagres — o que lhes deu uma experiência náutica de destaque.
Outro fator foi importante para o pioneirismo europeu: diferente de outros países como França, Inglaterra e Espanha, Portugal se consolidou como nação de forma precoce. Unificado, estruturado e organizado, o país tinha condições de conduzir — e financiar — essas descobertas.