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O termo narcisista aparece pela primeira vez na psicanálise, a partir do mito grego de Narciso, para designar o amor que o indivíduo sentia por si mesmo. Freud, pai da psicanálise, aborda esse tema no ano de 1910 para justificar a pratica homossexual, uma vez que, ao escolherem um parceiro a sua imagem, esses tomariam a si mesmos como objeto sexual, para que possam amar como a mãe os amou, de acordo com obra Laplanche (1967). O narcisismo hoje por definição da psicanálise é considerado padrão invasivo de grandiosidade, valorização do ego, necessidade de admiração e falta de empatia, que pode ter início na infância e está presente em uma variedade de contextos. As pessoas cada vez mais estão desenvolvendo quadros narcisistas, principalmente por conta do avanço tecnológico e da criação das redes sociais.
Com o avanço tecnológico e o desenvolvimento de redes sociais, a exposição pessoal torna-se frequente. Encenar uma felicidade apenas para ganhar seguidores e curtidas é algo muito recorrente no século XXI. Atualmente muitos jovens brasileiros passam mais horas em academias do que estudando, de acordo com o jornal O GLOBO. O exagero na busca do corpo perfeito, a admiração exagerada por si é algo que precisa ganhar uma atenção maior, visto que muitos pais acompanham seus filhos nessa auto afirmação de uma pessoa perfeita e não conseguem perceber que isso é um transtorno de personalidade.
Além disso, percebe-se um aumento no descaso com o outro, a empática não é mais uma pratica comum do ser humano. Nada reflete mais o comportamento narcisista do que a incapacidade de compreender e identificar-se com a experiência dos outros. Outrossim pessoas narcisistas tendem a se tornarem pessoas arrogantes em relação às pessoas que eles julgam não estar à altura de seu ?elevado? padrão de inteligência, competência, realização, valores, moral ou estilo de vida.
Torna-se evidente por tanto que cada vez mais a sociedade contemporânea está se tornando narcisistas, visto que a indústria cultural presente no mercado incentiva isso de maneira bem sutil. Logo é necessário uma intervenção da psicanalise na sociedade, de forma com que palestras sejam proporcionadas a toda sociedade, alertando sobre os riscos da sociedade caminhar para o lado narcisista. Cabe a mídia explorar cada vez mais esses assuntos, através do incentivo a busca por terapias psicológicas, debates, uma vez que, ela é corresponsável por esses comportamentos.
Resposta:Narcisismo é o amor próprio doentio de um indivíduo e pela sua própria imagem, uma referência ao mito de Narciso. O termo "narcisismo" foi introduzido na psiquiatria no final do século XIX — e viria a ser adotado no campo da psicanálise — por Havelock Ellis (1898), para descrever uma forma de sexualidade baseada no próprio corpo do indivíduo.[1]
"Narciso" (1590), pintura de Caravaggio, Galleria Nazionale d'Arte Antica, Roma
O narcisismo é atualmente um conceito na teoria psicanalítica, introduzido por Sigmund Freud em seu livro Sobre o narcisismo. A Associação Americana de Psiquiatria o classifica como Transtorno de personalidade narcisista, em seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM).[2] Freud acreditava que o narcisismo existe quando o amor próprio está direcionado exageradamente para si próprio.[3]
Explicação:O narcisista é uma pessoa que se adora no sentido de endeusar a si mesmo. O nome que considero certo no narcisismo é autoteísmo que significa uma deificação de si mesmo.
Personagem que pratica admiração doentia por ele mesmo
O mito de Narciso é uma interpretação da mitologia grega, que narra a história de um jovem caçador fascinado pela sua própria beleza. Na Grécia, sua imagem é atribuída ao símbolo máximo de autoestima.
Narrativa do mito de Narciso
Segundo a mitologia grega, Narciso era filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope. Ele nasceu numa região da Grécia Antiga, conhecida como Beócia. Ao nascer, sua mãe perguntou para um adivinho se Narciso viveria durante muito tempo, já que sua beleza era estonteante.
O adivinho disse que ele viveria sim, desde que ele nunca conhecesse a si próprio no espelho, pois se isso acontecesse uma maldição seria lançada sobre ele e lhe causaria a morte. Quando ficou adulto, Narciso virou caçador e passou a atrair os olhares de todas as ninfas e donzelas daquela região.
Mas, o mito de Narciso explica que, embora ele tivesse toda essa bajulação, ele preferia viver só. Afinal, ainda não tinha encontrado um moça que julgasse merecer o seu amor.
Uma das ninfas, chamada Eco, apaixonou-se loucamente por Narciso, mas como teve o seu amor negado por ele, resolveu pedir a Nêmesis, deusa da vingança.
A ninfa Eco pediu que Nêmesis que lançasse sobre Narciso a seguinte maldição: "Que Narciso se apaixone com muita intensidade, mas não consiga possuir a sua amada". A maldição foi lançada e Narciso se apaixonou de forma intensa, só que pela sua própria imagem.
O mito de Narciso conta que Eco era um Ninfa falante e vivia seguindo o caçador. Em uma dessas conversas, ela o atraiu para um fonte e quando Narciso se abaixou para beber água, ele avistou a sua imagem refletida nas águas.
Nesse momento Narciso ficou encantado com o que viu. Observou os cabelos, os olhos, os lábios e não conseguia parar de olhar. Observou tanto que desejou possuir aquela imagem, não sabendo que se tratava dele mesmo. Mas, como não conseguiu ele acabou morrendo.
Contudo, há dois desfechos para a história de Narciso. Um relata que ele morreu de desgosto por admirar tanto a imagem e não conseguir possuí-la, como previsto na maldição. Já outras histórias dizem que ele morreu afogado ao tentar tocar na imagem que via refletida.
Flor de Narciso
Na fonte onde ocorreu a morte de Narciso teria nascido uma flor amarela e de pétalas brancas. Ela simboliza ao amor próprio patológico do personagem em possuir aquela imagem e não conseguir.
Análise da lenda
Para o gregos, tudo o que excede e ultrapassa os limites vira algo que eles chamam de hybris. Na religião grega, essa palavra retrata a soberba e o descomedimento, que está relacionado ao extremo de autoconfiança, amor próprio e autoestima extremamente alta.
A beleza de Narciso desafiava a supremacia dos deuses, pois se sentia um Deus e na mitologia grega somente os deuses poderiam desfrutar desse privilégio de auto-adoração. Qualquer outro que tivesse esses atributos não eram bem aceitos.
Ao longo dos anos, diversas versões foram surgindo para explicar o mito de Narciso. A mais conhecida entre elas é a de um geógrafo e viajante grego, chamado Pausâneas. A obra de nome “Descrição da Grécia” conta o mito de Narciso, retratando o personagem como se ele tivesse se apaixonado loucamente pela irmã gêmea.
No livro, o autor conta que eles faziam tudo juntos, o que levou Narciso a despertar o interesse possessivo pela irmã. Tempos depois, a irmã de Narciso morreu e ele passou a acreditar que a imagem refletida na fonte seria dela, mal sabia ele que era a si próprio.
O final da história conta que no local onde a irmã de Narciso teria morrido nasceu uma flor chamada Narciso para representa sua autoestima extremamente alta. Ademais a essa obra, alguns historiadores também se arriscam em interpretar a lenda.