“Em todo o momento de atividade mental
acontece em nós um duplo fenômeno de percepção: ao
mesmo tempo que temos consciência dum estado de
alma, temos diante de nós, impressionando-nos os
sentidos que estão virados para o exterior, uma
paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para
conveniência de frases, tudo o que forma o mundo
exterior num determinado momento da nossa
percepção. Todo o estado de alma é uma paisagem.
Isto é, todo o estado de alma é não só representável
por uma paisagem, mas verdadeiramente uma
paisagem. Há em nós um espaço interior onde a
matéria da nossa vida física se agita. Assim uma
tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um
dia de sol no nosso espírito.” (PESSOA, F. Cancioneiro: nota
preliminar. In: “Obra poética”. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 3ª ed.,
1998 [s.d.].)
Conforme Marcelo Lopes de Souza (2013), toda
ferramenta conceitual possui potencialidades e
limitações. Uma das potencialidades do conceito de
paisagem é a sua integração com outras categorias
analíticas da Geografia.
A partir da leitura do trecho de Fernando Pessoa, as
possibilidades de leitura da paisagem podem se dar
pelo exame de:
(A) aspectos mais fortemente (inter)subjetivos,
associados ao conceito de lugar.
(B) aspectos políticos, associados às relações de
poder intrínsecas ao conceito de território.
(C) comparações entre áreas, relacionadas ao
conceito de região.
(D) elementos concretos e materiais, associados ao
conceito de substrato espacial.
(E) formas, conteúdos, processos e estruturas,
associados ao conceito de espaço geográfico.
Respostas
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Resposta:
eu acho que e a letra A eu acho
nigueyt:
Certo to
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