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Sociedade dos Poetas Mortos é um drama americano, rodado em 1989, dirigido por Peter Weir. Sua trama explora o conflito entre romantismo e realismo, e este está presente desde a cena inicial do filme até seu climax trágico e seu desfecho apoteótico. Pela perspectiva de Todd, um jovem tímido e aterrorizado pelo medo de um possível fracasso em seu futuro e de seu colega de quarto Neil, um garoto genial e ambicioso, que é espancado pelo pai controlador, a película retrata a estrutra educacional inglesa e a relação unilateral entre a escola e seus estudantes.
A história tem início quando a tradicional Academia Welton, e especialista em preparar seus estudantes para ingressarem em Havard e se tornarem futuros advogados e médicos, contrata um ex aluno e agora professor de literatura Jonh Keating. Contrariando a pedagogia inflexiva da Welton, o professor Keating inicia sua aula desconstruindo a ideia que sua turma tem sobre o que é poesia e os ensina o poder do “Carpe Diem”, expressão latina que significa “aproveite o dia”, fazendo uma dura crítica à sociedade que eles estavam inseridos, que já não conhecia os prazeres de viver a liberdade de fazer suas própias escolhas. Em meio a atividades excêntricas, o professor Keating faz com que os seus alunos passem a buscar o conhecimento, ao invés de simplismente absorvê-lo. Motivados por essa nova perspectiva de realidade e aprendizado, os alunos encontram um antigo anuário da escola e lá descobrem que o professor de literatura fazia parte de um tipo de fraternidade chamada “Sociedade dos Poetas Mortos”, em que os membros se reuniam em uma caverna (talvez aqui uma alegoria à caverna de Platão) para recitarem poesias e refletirem sobre elas. Inspirados por essa nova descoberta, os alunos de Keating resolvem criar sua própria versão da Sociedade dos Poetas Mortos, e passam a se reunir para declamarem poesias, interpretarem personagens e aflorar sua natureza romântica ou realistica.
No desenrolar da trama, os personagens amadurecem e revelam suas verdadeiras aspirações para o futuro, contrariando o que a escola e a sociedade esperam deles. Nesse contexto, Neil, que decide fazer parte de uma peça de teatro (Sonhos de uma noite de verão, de Sheakspeare), confronta seu pai, que tenta impedi-lo, e num ato digno das tragédias gregas, ele se suicida. Com isso, é aberta uma sindicancia na escola e a direção força os membros da Sociedade a culparem o professor Keating por subversão, e que foi ele o responsável por influenciar todos os atos dos estudantes até então. Expulso da escola, o professor John Keating volta à turma uma última vez, para apanhar seus pertences e é brutalmente expulso pelo diretor, e agora novo professor de Literatura de Welton. Eis então que algo inesperado acontece: Todd, que sempre foi tímido, declama ao mestre que eles foram forçados a acusá-lo e no ápice desse desfecho monumental, ele sobe na sua carteira e reverencia seu professor, sendo imitado por muitos de seus colegas de sala. O olhar final do professor Keating é uma mistura de gratidão, orgulho e acima de tudo, de esperança. Esperança que seu espirito questionador tenha contagiado aqueles jovens, e que estes o carreguem pelo resto de suas vidas. Esperança, acima de tudo, na educação, como ferramenta transformadora da sociedade.
Explicação:
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