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Guerra do Iraque – O que foi, motivos, antecedentes e consequências
Segundo dados não-oficiais da ONG Iraq Body Count, mais de 100 mil iraquianos morreram durante a guerra. A organização também contabiliza um saldo de 4,4 mil soldados americanos que perderam suas vidas em meio aos conflitos.
HISTÓRIA
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Logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos, liderado pelo então presidente George W. Bush, começa a planejar sua ofensiva em resposta às ações terroristas da organização Al-Qaeda, liderada por Osama Bin Laden.
A ofensiva militar terminou com o fim do governo do Talibã no Afeganistão. No entanto, o Iraque passava a fazer parte do “Eixo do Mal” por parte das forças militares americanas.
Em 20 de março de 2003, a Guerra do Iraque ou Operação Liberdade do Iraque tem início. Lideradas pelas tropas americanas e inglesas, houve também o reforço das tropas de contingência de países como Austrália, Dinamarca e Polônia.
Durante esse período, houve a queda do regime de Saddam Hussein seguido por seu desaparecimento, além da emblemática derrubada da estátua do presidente iraquiano na praça Fardus por soldados norte-americanos.
Em 1º de maio de 2003, o presidente George W. Bush faz uma transmissão ao vivo oficializando o fim dos ataques ao Iraque com os dizeres “Missão Cumprida” escrita em um faixa fixada a um navio.
No entanto, esse “fim” simbolizaria apenas um dos inúmeros confrontos ocasionados pela morte do presidente iraquiano.
Após a captura de Saddam Hussein, as forças de ocupação dos Estados Unidos começam sua investidas políticas contra os países do Oriente. Nesse tempo, também cresciam os conflitos da guerra civil iraquiana entre os xiitas e sunitas, além das dos ataques organizados pela Al-Qaeda.
A Guerra do Iraque tem seu fim anunciado em 18 de dezembro de 2011 com a saída das últimas tropas norte-americanas do país. O saldo de mortos assusta: 100 mil iraquianos (entre eles milhares de inocentes) e 4,4 mil soldados norte-americanos.
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Soldado americano presencia a queda da estátua do presidente Saddam Hussein na praça de Fardus, centro de Bagdá.
Motivos que levaram à Guerra do Iraque
O principal motivo que teria levado à coalizão foi a suspeita de que o regime de Saddam Hussein estaria desenvolvendo armas químicas e biológicas que seriam fornecidas a terroristas inimigos dos Estados Unidos.
Dados da inteligência norte-americana (CIA), apontavam para a ligação de Hussein com a organização terrorista criminosa iraquiana Al-Qaeda.
Em 8 de novembro de 2002, a Organização das Nações Unidas (ONU) intervém por meio da resolução 1.441 ao obrigar o presidente iraquiano aceitar a entrada dos inspetores de armas no país.
Enquanto isso, o líder norte-americano George W. Bush, ameaça atacar o Iraque caso o mesmo não fizesse a destruição do seu arsenal militar.
Em fevereiro de 2003, inspetores da ONU buscaram por todo território iraquiano indícios de produção de armas em massa ou de arsenal bélico. No entanto, não foi encontrada nenhuma prova que justificasse qualquer ataque por parte dos países do ocidente.
Mesmo sem ter um arsenal para destruir, os Estados Unidos em conjunto com a Inglaterra, começaram a invasão do Iraque.
Apesar de alegar motivos de contenção da ameaça de Saddam Hussein, havia os interesses políticos em relação a dominação das reservas de petróleo, além da aliança de empreiteiras que ganharam bilhões com a reconstrução do país.
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Ataque terrorista ao World Trade Center, 11 de setembro de 2001.
Consequências da Guerra do Iraque
A Guerra do Iraque gerou resultados sem precedentes, sobretudo para a nação iraquiana.
Prédios e monumentos históricos completamente destruídos, museus e palácios saqueados, mulheres estupradas, além do surgimento de movimentos anarquistas que incitavam o ódio.
Além disso, houve um crescimento da deterioração da situação humanitária, principalmente no Iraque. Houve o aumento das taxas de subnutrição de 19% para 28% em crianças, aumento nos casos de cólera em resultado da diminuição ao acesso à água potável, além do desenvolvimento de problemas psicológicos em quase 70% da população, afetando principalmente os mais jovens.
O número de refugiados iraquianos por conta da guerra também aumentou. Acredita-se que houve cerca de 3,9 milhões de refugiados, o que representaria quase 16% da população.
Os custos de guerra pagos pelos países de coalizão foram consideráveis. Estima-se que Reino Unido gastou pelo menos £4,55 bilhões de libras (ou US$9 bilhões de dólares), enquanto os Estados Unidos desembolsou US$845 bilhões durante a invasão.consequências-guerra-iraque