O critério de demarcação adotado pelo falsificacionismo, o que diferencia a ciência da não-ciência, é a possibilidade que uma teoria tem se ser testada e se mostrar falsa.
Certo
Errado
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Certo.
Em questão de falsificacionismo, pra Karl Popper, para que uma teoria seja considerada como científica, é necessário que esta seja refutável, ou seja, que você possa dar argumentos sobre por que a teoria pode não ser verdade. Isso não se trata de provar uma negativa ou nada do tipo, e sim de estabelecer que uma teoria que sempre tem uma justificativa para sua hipótese e pressupostos não pode ser chamada de ciência. Digamos que eu pense que vacas magras produzem menos leite. Para testar isso, levaria a laboratório vacas magras e gordas, tiraria o leite das "cobaias" e iria comparar o peso entre as duas categorias, tendo duas possibilidades: Vacas magras produzem menos ou mais leite. Mesmo que eu tenha uma hipótese em mente, o experimento leva em conta a possibilidade de que o que falei está incorreto.
Quanto mais variáveis eu testo (defeitos genéticos nas vacas, higienização das tetas, etc.) antes de conseguir um resultado positivo, melhor é a teoria, porque existe menos possibilidades de que outras variáveis sejam responsáveis pela falta de leite, e portanto uma possibilidade maior que a magreza tenha uma correlação com isso. Agora considere a existência do sobrenatural, digamos que alguém diga que uma xícara de café caiu sob efeito de um fantasma. Mesmo que você ofereça possibilidades diferentes, é impossível verificar ou não a correlação entre a presença do fantasma e a queda da xícara. Eu não tenho meios de refutar a possibilidade, logo, não é falsificável. Por não ser falsificável, não posso dizer com certeza que a xícara caiu por outros motivos diferentes da hipótese inicial, e portanto, não posso verificar a probabilidade de que esta hipótese esteja mais certa que outras, tornando isso inútil no campo científico.
Abraços e boa sorte.