• Matéria: Filosofia
  • Autor: fabiana61542
  • Perguntado 5 anos atrás

SOBRE A FILOSOFIA POLITICA ,PODEMO DIZER QUE?
1NICOLAU MAQUIAVEL RECUSA A FIGURA GOVERNO ,ENCRNADA NO PRINCIE VIRTUOSO PORTDOR DAS VIRTUDES CRISTÃES . O PRINCIPE PRECISA TER VIRTU ,MAS ESTA E PROPRIAMENTE POLITICA REFRENDOSE AS QUALIDADES DO DIRIGENTE PARA TOMAR E MANTER O PODER ,MESMO QUE PARA ISSO DEVA USAR A VOLENCIQ ,A MENTIRA ASTUCIQ E A FORÇA
2 PARA THOMAS HOBBES ,QUANDO OS INTERESSES EGOISTA PREDOMINM ,CADA UM SE TORN um lobo para o ouro (homo homini luus )as disputas provocam a guerra de todos contra (bellum omnium contra omnes),com graves prejuízos parqa



a indústria ,agricula ,a navegação, desenvolvimento da ciência e o conforto de todos.























































Respostas

respondido por: taigalega6
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Resumo: O trabalho busca esclarecer dois pontos centrais da Filosofia política de Maquiavel – as figuras da Virtù e da Fortuna. A virtú deve ser vista como uma forma do livre-arbítrio do governante, sendo a principal variável na condução do principado. Destaca-se, também, a utilização da variável na contestação aos valores tradicionais. Já a Fortuna constitui-se na indeterminabilidade de parte dos resultados do governo: ela deve ser dominada, conquistada para o benefício do príncipe.

INTRODUÇÃO

O trabalho estuda duas variáveis fundamentais na Filosofia política de Maquiavel – Virtù e Fortuna. Esses dois conceitos estabelecem um momento inédito na filosofia política até então aplicada - a partir deles começa-se a pensar política de forma factual, através da expressão ‘verdade efetiva das coisas’, ao contrário do pensamento medieval, em que se abordava o poder a partir de análises religiosas ou morais, espelhando o que deveria fazer o príncipe, isto é, um fundamento deontológico do poder.

A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do principado. O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história. Assim, o político com grande Virtú observa na Fortuna a probabilidade da edificação de uma estratégia para controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma determinada circunstancia, percebendo seus limites e explorando as possibilidades perante a mesma. Destaca-se também a estabilidade requerida por Maquiavel – a virtú seria uma forma de manter a paz e estabilidade do Principado. Outro ponto importante é acerca da superioridade da vida pública em detrimento da vida privada na constituição da Virtù. Por fim, destaca-se a contestação dos valores e virtudes da moral cristã tradicional à época de Maquiavel.

A Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades do mesmo: a sorte individual. É, para o filósofo, a ordem das coisas em todas as dimensões da realidade que influenciam a política. Observa-se que a Fortuna não pode ser vista como um obstáculo ao governante, mas um desafio político que deve ser conquistado e atraído. O príncipe que vive despreparado em função da Fortuna apenas atrairia desonra e fracasso, mas o de Virtù procura utilizá-la, controlá-la da tal forma que lhe possa ser útil. É nesse sentido da Fortuna que se debruça este trabalho, isto é, procura esclarecer acerca da (in) determinabilidade da Fortuna.

1 A VIRTÙ

A Virtù de Maquiavel trata-se de um signo valorativo utilizado pelo autor para refletir a um conhecimento prático, técnico da realidade efetiva das coisas. O sujeito possuidor da Virtù é o que obtém êxito em obter e manter o poder. Os fundadores do principado, sujeitos com tal característica, são homens excelentes – dispostos a agir da forma mais corajosa possível no sentido de se fundar um governo. Segundo Maquiavel, a manutenção e a obtenção do poder torna-se variável, portanto, conforme seja maior ou menor a Virtù de quem o conquistou. Os homens de Virtù receberam da Fortuna não mais do que a ocasião, que lhes deu a matéria para introduzirem a forma que lhes aprouvesse, sendo que aqueles que por Virtù conquistam o poder tendem mais facilmente a conservá-lo. Os mais organizados teriam conseguido que suas constituições fossem seguras se também considerassem as armas necessárias para mantê-la. Assim, há homens que enfrentam grandes dificuldades, defrontando-se em seu caminho com perigos que foram superados. Depois de vencerem esses perigos e passarem a ser venerados, tendo aniquilado os que tinham inveja de suas qualidades, tornam-se poderosos, seguros, honrados e felizes, segundo Maquiavel.[1] (Vide Maquiavel, 2008, pp. 23-26).

Do contrário, aqueles que não possuem a Virtù na aquisição do principado esforçam-se pouco para conquistá-lo, mas muito para mantê-lo. Todas as dificuldades, a partir daí, surgem quando já conquistado o principado. Os novos príncipes, que adquirem o poder a par da Virtù, apóiam-se exclusivamente na vontade de quem lhes concedeu. Diz o autor (2008, p. 27):

Não sabem porque, a menos que sejam homens de grande engenho e Virtù, não é razoável que saibam comandar tendo sempre vivido como particulares; e não podem porque não têm forças que lhes possam ser amigas e fiéis. Além disso, os Estado que nascem subitamente – como todas as outras coisas da natureza que nascem e crescem depressa – não podem ter raízes e ramificações, de modo que sucumbem na primeira tempestade. A menos que – como já disse – aqueles que repentinamente se tornaram príncipes sejam de tanta Virtù que saiba rapidamente preparar-se para conservar aquilo que a Fortuna lhes colocou nos braços e estabeleçam depois os fundamentos que outros estabeleceram antes de se tornarem príncipe. (grifo meu)

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