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O Reino de Mali foi uma importante civilização da Idade Média, localizado entre os rios Níger e Senegal, tendo como sua capital a cidade de Niani. Esta, escolhida pela sua localização, era uma cidade protegida por montanhas e florestas que a deixava longe de possíveis invasões. O Reino de Mali abrangia um enorme território, o qual favorecia nas suas transações comerciais, tendo seu comércio interno muito próspero nos séculos XIII e XIV.
O Império Mali se iniciou com o governo de Sundiata Keita, da etnia mandinga, seu governo era caracterizado por dois tipos de províncias: as unidas desde o início ao império e as conquistadas, como afirma Manuel Jaurá (2016). Assim Sundiata passou a conquistar territórios ao redor de Mali em busca de riquezas, incluindo aqui o Reino de Gana. Porém, o imperador mais importante do Império Mali foi Mansa Musa, esse governou de 1312 a 1337, que devido aos seus contatos comercias com o oriente e o norte da África, acabou convertendo o seu território ao islamismo. Mas, as práticas religiosas tradicionais africanas continuaram sendo aceitas.
A economia do Império do Mali era baseada na comercialização de cavalos e camelos, na produção de sal, no ouro ( essa prática herdada do reino de Gana) o que o tornou o maior produtor de metais preciosos do Velho Mundo, no comércio de escravos capturados em guerras e na produção e venda de nozes de cola, um fruto de onde se extraia a cafeína, utilizado para a produção de chá e nas tributações das comunidades aldeãs. Mali também se tornou um importante centro intelectual, onde passou a receber estudantes oriundos de outras partes do território africano.
O declínio desse Império se deu na Idade Moderna em 1670, quando algumas cidades passaram a se rebelar contra o governo central. Nesse período o Reino já estava enfraquecido, devido à má gestão dos seus governantes, estes tiveram dificuldades em manter o controle de um território grande. Vale ressaltar o interesse de outros povos nas riquezas das terras, entre estes Portugal, que em busca de mão de obra escrava para ser utilizada em suas colônias na América passou a ter interesse na costa oeste africana. Logo, o Império Mali virou alvo de disputas entre civilizações mais fortes militarmente. Dessa forma, o Reino de Songhai passou a avançar sobre o Império Mali até tomar Djenne, uma das suas principais cidades.
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