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Falar sobre resenha crítica significa, sobretudo, enfatizar os trabalhos acadêmicos, como os destinados à conclusão de final de curso (monografias, artigos científicos, dissertações e teses). Dentre eles figuram também os resumos, paráfrases e a resenha crítica.
Já a resenha crítica, ao contrário de se restringir a somente esses aspectos (informativo, descritivo), caracteriza-se por uma modalidade em que se torna evidente a própria postura do emissor, no sentido de deixar clara sua impressão de um dado objeto, levando em consideração suas ideias acerca do assunto em questão, procurando associá-las com as de outros autores, enfim, tornando contextualizado o texto (o objeto) em estudo. Quanto à estrutura, evidenciada logo a seguir, torna-se essencial não compreendê-la como uma espécie de “roteiro” a seguir, mesmo porque tal procedimento pode muitas vezes tolher a capacidade argumentativa, o poder de expressão. Lembre-se sempre de um fato: as ideias são ímpares; mesmo que compartilhadas com outras pessoas, elas serão sempre suas, únicas.
Assim como funciona em todo texto relativo a esta natureza (argumentativo), haverá uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Obviamente que essa tríade (introdução/desenvolvimento/conclusão) não aparecerá explicitamente demarcada, contudo a forma como se apresentam dispostas as informações torna perfeitamente possível identificar essas partes. Assim, temos:
Introdução – Nela se atesta o objeto que está sendo analisado, procurando sempre contextualizar o assunto sobre o qual se fala. Por isso, em se tratando de um livro, dados como: nome do autor, título, editora, local de publicação, número de páginas e preço de cada exemplar devem ser necessariamente ressaltados. Seguidamente a eles deve-se apontar a importância do assunto em questão, com vistas a proporcionar um norte para o leitor.
No desenvolvimento propriamente dito, observam-se as ideias do autor em questão e, como se trata de um texto crítico, o resenhista deve associá-las às suas próprias ideias. Nesse quesito devem ser levados em consideração os pontos falhos e os positivos (tendo em vista que bajulações são desnecessárias), sem deixar, portanto, de fazer comparações com as ideias de outros autores, como já dito.
Como não poderia deixar de ser, na conclusão o que se verifica é a própria opinião do resenhista acerca da obra analisada, tendo em vista alguns aspectos úteis à compreensão do leitor. Entre eles: qualidade e originalidade da leitura, benefícios proporcionados mediante a leitura, qualidade da linguagem utilizada, se acessível ou não, pontos relevantes, necessários, bem como aspectos desnecessários, irrelevantes.