• Matéria: História
  • Autor: chsoaresmv
  • Perguntado 5 anos atrás

Pela primeira vez na história do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a população negra superou a branca em Minas Gerais. Como no resto do país, o
estado registrou um crescimento da população acima de 40 anos e o decréscimo dos
jovens (menores de 19 anos). Minas Gerais tem hoje de acordo com o recenseamento
feito no ano passado 15.731.961 habitantes. Diferentemente do resto do Brasil, onde o
sexo feminino é majoritário, no estado há praticamente um equilíbrio entre homens e
mulheres, apesar da a maioria da população pertencer ao sexo feminino.

De acordo com os resultados do Censo 2010, 45,4% dos mineiros se autodeclararam
brancos contra 53,5% que se denominaram negros. Luciene Longo, demógrafa do IBGE
em Minas Gerais, explica que para o instituto são consideradas negras as pessoas que se
dizem pretas ou pardas. De acordo com o censo, 9,2% da população é preta e 44,3%
parda. Há 10 anos, os brancos eram 53% e os negros 45,4% (37,6% pardos e 7,8%
pretos).

“Minas Gerais está acompanhando o aumento da população preta e parda verificada em
todo o Brasil. A explicação para isso é o aumento da miscigenação e a diminuição do
preconceito, que faz com que as pessoas não tenham vergonha de se autodeclarar
negras. No caso de Minas Gerais, um dado surpreendente é o aumento da população
preta. Há 10 anos eles representavam 7,8% da população do estado. Hoje são 9,2%”,
avalia a pesquisadora. Essa também é a principal explicação para o aumento da
população preta e parda dada pelo motorista aposentado Luiz Carlos Miranda, de 66
anos. Segundo ele, antigamente, “negro só casava com negro e branco só casava com
branco. Agora está tudo misturado”, comentou.

Outro dado que acompanha o Brasil é o aumento da população acima de 40 anos e o
declínio dos jovens com menos de 19 anos, queda acentuada principalmente entre os
homens. A explicação para isso, segundo Luciene Longo, é nada animadora. Segundo
ela, historicamente nascem mais homens em todo o país, mas a população masculina
tem diminuído em todas as faixas etárias, principalmente entre os mais jovens, por causa
da violência. “Nas grandes capitais a mortalidade masculina é ainda maior do que no
resto do país, por isso as grandes cidades têm registrado mais mulheres que homens”,
explica. Em Belo Horizonte há 1.261.638 mulheres contra 1.113.513 homens. Na ponta do

38

lápis, esses dados significam 148.125 mulheres a mais. No estado, essa diferença é de
313.576.

As estudantes Sheila Pimenta, de 24, e Ana Carolina Sacchi, de 19, disseram que mesmo
antes da divulgação do Censo 2010 já dava para perceber o aumento da presença
feminina. “Na balada, principalmente”, brincou Sheila. Em relação ao aumento dos pretos
e pardos ela considera positivos os dados divulgados ontem. “Isso deixa bem claro que as
pessoas estão assumindo sua cor sem problema. Isso é muito bom.” [...]”

Vamos refletir...
O primeiro censo realizado pelo IBGE aconteceu em 1872, nesta época o Estado de
Minas Gerais já era majoritariamente negro, pois depois do Estado da Bahia, este
estado recebeu o segundo maior contingente de população negra vinda do
continente africano, na condição de escravizado para trabalhar na mineração.

Questões:
1) Como se dá a relação proporcional entre homens e mulheres no Estado de Minas
Gerais, de acordo com o texto da reportagem?

Respostas

respondido por: mithat
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