Respostas
Quando o presidente Luís Inácio Lula da Silva assume a presidência do país, o Brasil estava com sua economia estagnada (baseada praticamente na agroindústria, indo na contramão dos demais países), a moeda do país (o Real) estava extremamente desvalorizado frente ao dólar, a população brasileira que chegava ao ensino superior era apenas 15%, havia alta nas tarifas e no preço dos alimentos, a maior parte dos brasileiros viviam na extrema pobreza, o país estava no grupo do países de Terceiro Mundo e com uma grande dívida externa contraída durante o regime militar. Lula, afiliado ao Partido Trabalhista (único partido no país de origem popular), adotou uma série de medidas e planos para o desenvolvimento econômico do país, dentre eles: Bolsa Família, que consistia numa transferência direta de renda para os mais pobres; fortalecimento das empresas estatais (o que fez com que a riqueza gerada pela exploração dos recursos naturais permanecessem nas mãos dos brasileiros e não se esvaíssem para o estrangeiro); redução da dívida externa; projeto de expansão da universidades Federais e dos Centros de Ensino técnico, além da criação do Prouni e Fies que forneciam às pessoas de baixa-renda uma oportunidade de estudar numa faculdade particular; inseriu o Brasil nos BRINC's e Mercosul o que elevou o país para a categoria de país em desenvolvimento (Atualmente, o Brasil perdeu este posto, no governo Bolsonaro, e retornou para a posição de país de Terceiro Mundo ou Subdesenvolvido); reduziu a pobreza extrema existente no país; criou as políticas de cotas (antes não havia vagas reservadas aos alunos da Rede Pública de Ensino nas Universidades Federais, estes tinham que competir em pé de igualdade com os alunos das escolas particulares); desenvolveu programas para incentivar crescimento do produtor rural; oficializou a categoria das domésticas (PEC das domésticas) o que conferiu a este grupo maiores direitos, uma vez que o trabalho exercido por elas foi reconhecido como trabalho; fortaleceu o SUS; aumentou o salário mínimo etc. Essas medidas, entre outras, fizeram com que o Lula tornasse um presidente extremamente popular, ao sair da presidência ele contava com uma taxa de aprovação em torno de 80%. Além disso era respeitado por outros líderes mundiais chegando a emprestar dinheiro para os EUA durante o governo Obama. Por sua atuação no combate à extrema pobreza na América Latina, Lula em 2019 foi um dos indicados ao Nobel da Paz junto com Raoni.
Fonte:
Brasil anos 2000: a política social sob regência da financeirização. Lavinas e Gentil, 2018.
Expansão da educação superior no Brasil: limites e possibilidades. Barros, 2015