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Sarah,
A cultura francesa está, intimamente, ligada à história dos pais. Nesse sentido, torna-se interessante destacar os seguintes fatos históricos:
1. Trata-se de uma população em que há séculos há uma relativa unificação em termos de idioma, no caso o francês, mesmo no período romano essa região constituía a Gália, imortalizada pelo Asterix e Obelix;
2. Com um grande território e população, sempre foi um país com grande poder militar, cultural, dentre outros;
3. A revolução francesa, na qual a população faminta e pobre prendeu o rei e a rainha do país em razão destes gastarem o dinheiro público sem se importar com a miséria em que vivia a maior parte das pessoas, sendo depois julgados e condenados à guilhotina afetou profundamente o mundo, com o lema de "liberdade, igualdade, fraternidade";
4. Dado o colonialismo e o neocolonialismo, a França possui territórios em quase todos os continentes. Além disso, a imigração de nativos de suas ex-colônias para a metrópole resulta em que a França seja um dos países mais multiculturais do mundo na atualidade.
Com isso tudo, a cultura francesa tem um papel importante no âmbito culinário (vinhos, queijos, pão francês), pintura, teatral, poético, na literatura (Os três mosqueteiros, O pequeno príncipe, dentre tantos outros), linguístico, tecnológico, moda, perfumes etc.
- Artes : A França, país de belas artes, pode tirar partido de uma cena artística conhecida e reconhecida internacionalmente, graças nomeadamente aos grandes vultos da pintura, da literatura ou do cinema nacionais. A excepção cultural francesa é um "certificado de qualidade" que exalta a riqueza do seu património cultural.
- Literatura : o século XVI, marcado pelos princípios do Humanismo, revelou grandes autores como Rabelais, Montaigne, Rousseau, etc. O século XVII, com duas grandes correntes literárias (o Classicismo e o Barroco), conheceu autores de renome como Corneille, Molière ou ainda La Fontaine, etc. A seguir, veio o famoso século das luzes, o século XVIII, que assinala o triunfo da razão em detrimento das trevas, sob o impulso de Voltaire, Rousseau, Diderot e Montesquieu. Chega em seguida o século XIX, em suma, a idade de ouro do Romantismo, encabeçado por Chateaubriand e Victor Hugo. Por fim, o século XX viu nascer duas novas correntes literárias, o Surrealismo (André Breton, Robert Desnos, etc.) e o Existencialismo (Albert Camus e Jean-Paul Sartre).
- Música : tudo começou na Idade Média com o organum. Em seguida, sob o impulso da Escola de Notre-Dame e da Ars Antiqua, a música francesa desenvolve-se com o conductus e, depois, através das cantigas trovadorescas. A música tradicional e folclórica francesa foi deste modo fazendo a sua aparição e surge a escola da Ars Nova, que revolucionou a música a nível teórico, técnico e prático, para que os não iniciados se dedicassem à cantiga para além da tradição oral e dos exercícios mnemónicos. O século XX, auge da música contemporânea e moderna, está preenchido com bailes populares, canção francesa, jazz cigano, música de variedades, punk, rock e rap. Alguns dos grandes nomes da música francesa são: Claude François, Edith Piaf, Dalida, Charles Aznavour, Jean-Jacques Goldman, Johnny Hallyday, Alain Souchon, etc.
- Cinema : uma das indústrias cinematográficas de maior prestígio do mundo é coroada pela notoriedade do Festival de Cannes, considerado o maior festival de cinema do mundo. A França é o primeiro país produtor de filmes por habitante, e Paris tornou-se a capital mundial da arte e do ensaio. Dois géneros maiores: a comédia e o cinema de autor. A comédia francesa é um sucesso, sendo disso testemunho o êxito de Bem-vindo ao Norte, realizado por Danny Boon. O realizador francês Luc Besson (Vertigem Azul e O Quinto Elemento) é representativo do cinema francês de autor, tanto em França como no estrangeiro. Algumas cabeças de cartaz do cinema francês são: Louis De Funès, Jean-Paul Belmondo, Alain Delon, Gérard Depardieu, Catherine Deneuve ou Sophie Marceau, etc.
- Pintura : a pintura francesa resplandece de prestígio. Uma pintura deslumbrante, sempre imitada mas nunca igualada, que deve a sua reputação às proezas dos seus autores, cada um mais brilhante do que o outro: Henri Matisse (A Alegria de Viver), Van Gogh (Os Comedores de Batatas), Henri de Toulouse-Lautrec (La Goulue), Monet (Impressão, Sol Nascente), etc.