(Uerj) Trecho da carta de despedida de D. Pedro I a seu filho Pedro II
Meu querido filho e imperador [...]. Deixar filhos, pátria e amigos, não pode haver maior sacrifício; mas levar a honra ilibada, não pode haver maior glória. Lembre-se sempre de seu pai, ame a sua e a minha pátria, siga os conselhos que lhe derem aqueles que cuidarem de sua educação, e conte que o mundo o há de admirar [...]. Eu me retiro para a Europa: assim é necessário para que o Brasil sossegue, e que Deus permita, e possa para o futuro chegar àquele grau de prosperidade de que é capaz.
Adeus, meu amado filho, receba a bênção de seu pai que se retira saudoso e sem mais esperanças de o ver.
D. Pedro de Alcântara, 12 de abril de 1831. In: Revista de História. Rio de Janeiro: Fundação da Biblioteca Nacional.
Ainda permanece a imagem de Pedro I como um dos responsáveis pela autonomia política do Brasil. Contudo, nove anos após proclamar o 7 de setembro de 1822, o imperador abdicava de seu trono e retornava à Europa. A instabilidade política e econômica foi a marca de seu breve reinado.
Cite um setor da sociedade brasileira da época que se opunha à manutenção do governo de Pedro I e uma razão para essa oposição. Em seguida, aponte um motivo para a instabilidade econômica que caracterizou esse governo.
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Entre os setores, podemos citar a elite agrária, que acusava o governo de D. Pedro I de ser autoritário e centralizador. A instabilidade econômica deu-se devido à crise do setor agroexportador, que não gerava impostos suficientes para organizar as finanças do Estado brasileiro na época.
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