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Resposta:
A revolta dos Dândis I
Entre um rosto e um retrato, o real e o abstrato
Entre a loucura e a lucidez
Entre o uniforme e a nudez
Entre o fim do mundo e o fim do mês
Entre a verdade e o rock inglês
Entre os outros e vocês
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
Que não passa por aqui (Oh-oh-oh-oh)
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
Que não passa por aqui não (Oh-oh-oh-oh)
E que não passa de ilusão
Entre mortos e feridos
Entre gritos e gemidos
A mentira e a verdade
A solidão e a cidade
Entre um copo e outro
Da mesma bebida
E entre tantos corpos
Com a mesma ferida
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
E que não passa por aqui não (Oh-oh-oh-oh)
E que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
O que não passa por aqui não (Oh-oh-oh-oh)
E que não passa de ilusão
Entre americanos e soviéticos
Gregos e troianos
Entra ano e sai ano
Sempre os mesmos planos
Entre a minha boca e a tua
Há tanto tempo, há tantos planos
Mas eu nunca sei pra onde vamos
E eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
O que não passa por aqui não (Oh-oh-oh-oh)
E que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem (Oh-oh-oh-oh)
O que não passa por aqui não (Oh-oh-oh-oh)
O que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
É nunca passou
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem, é
Que não passa por aqui
Que não passa não
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui não
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Eu me sinto um estrangeiro
Passageiro de algum trem
Que não passa por aqui
Que não passa de ilusão
Explicação:
Quando em 1987 a banda lançou o LP A revolta dos Dândis, um de seus trabalhos mais aclamados e também criticados pela intelligentsia nacional, percebeu-se claramente as preferências da banda pela filosofia de Sartre e Camus. Até uma polêmica foi criada à época porque, alguns críticos, declararam a banda como apologética do fascismo.
Essa acusação de elitismo e fascismo vinha justamente por causa de suas letras bem escritas e intelectualizadas. Humberto Gessinger defendeu-se à época afirmando que os brasileiros tanto entendem de existencialismo quanto de boxe, haja vista que tudo se trata de um produto de consumo, tanto a filosofia quanto um esporte.