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Há muito tempo buscam-se informações sobre o paradeiro de mostras de arte realizadas em locais distantes do eixo Rio-São Paulo.
À época (1870-1912), Belém vivia o surto da extração e comercialização da borracha e acordava de um longo período de sono e marasmo cultural e urbano. Lembremo-nos de que, no século XVIII, a capital paraense fora sacudida pelo arquiteto italiano Antonio Giuseppe Landi que construiu prédios considerados por estudiosos verdadeiras joias do período oitocentista na Amazônia. Já ao final do século seguinte, a cidade vivenciou nova sacudidela e pôde tentar se equiparar às grandes metrópoles, cujos requintes e vida cultural e intelectual eram observados através de livros, revistas, jornais, gravuras, cartões postais, cartas enviadas por quem viajava ou estudava fora e mesmo novidades trocadas entre familiares e amigos em reuniões informais.
Belém, portanto, tornou-se, sob certos aspectos, uma capital agitada, pretensamente mais europeia que brasileira, dominada por um francesismo, especialmente no aspecto intelectual, que ressaltava a ligação da cidade com as principais capitais europeias, causada de um lado pela dependência financeira e comercial à Inglaterra, e, por outro, por uma relação cultural intensa com a França.