• Matéria: Saúde
  • Autor: greicibonini
  • Perguntado 5 anos atrás

COMO A ENFERMAGEM PODE ATUAR FRENTE AOS FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO?

Respostas

respondido por: marinapaula11m
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Resposta:

Existem vários fatores que influenciam no reparo total do tecido. Fatores locais, ou seja, ligados à ferida podem interferir no processo cicatricial, como: a dimensão e profundidade da lesão, grau de contaminação, presença de secreções, hematoma e corpo estranho e necrose tecidual e infecção local.  Além desses, existem os fatores sistêmicos, ou seja, aqueles que são relacionados ao paciente como idade, estado nutricional, doenças crônicas e terapias medicamentosas associadas.

Tratamentos tópicos inadequados também agravam o processo de cicatrização. A utilização de sabão tensoativo na lesão cutânea aberta pode ter ação citolítica, afetando a permeabilidade da membrana. As soluções anti-sépticas também podem ter ação citolítica. Quanto maior a concentração do produto maior será a sua citotoxidade, afetando o processo cicatricial. Essa solução em contato com secreções da ferida tem a sua ação comprometida.

Tratamento das Cicatrizes

As tentativas humanas de intervir no processo de cicatrização das feridas, acidentais ou provocadas intencionalmente como parte da realização de procedimentos, remontam à Antigüidade, demonstrando que desde então já se reconhecia a importância de protegê-las de forma a evitar que se complicassem e repercutissem em danos locais ou gerais para o paciente.

Uma pergunta frequente entre os profissionais é: qual o melhor curativo para tal tipo de ferida? Essa resposta não existe de forma absoluta, pois, feridas diferentes, em diferentes tipos de pacientes, requerem diferentes formas de tratamento. Existem hoje no mercado aproximadamente 2.500 itens que se destinam ao tratamento de feridas agudas e crônicas, desde a mais simples cobertura, soluções para higienização e anti-sepsia até os mais complexos tipos de curativos, chamados “curativos inteligentes” ou “bioativos”, que interferem de forma ativa nas diversas fases do processo cicatricial, dos vários tipos de feridas. Se por um lado tal diversidade de opções é um fator altamente positivo, por outro, pode tornar extremamente desafiadora a decisão de escolha.

Veja alguns tipos de tratamentos:

Malha Elástica Compressiva: O intuito é a compressão da cicatriz evitando o crescimento desordenado do colágeno jovem. É indicada tanto no tratamento como na prevenção de cicatriz queloiodiana.  A malha elástica poderá ser composta de uma camada interna de silicone, que potencializará o efeito da compressão.

Placa de Silicone: Trata-se de placa de silicone gel que é colocada diretamente sobre a cicatriz íntegra, oferecendo resistência ao seu crescimento. É indicada no tratamento de cicatriz hipertrófica ou queloidiana. O curativo é auto-adesivo e confortável à aplicação.

Corticóide Intralesional: Em alguns casos de cicatriz queloidiana isolada pode ser indicada a aplicação de cortisona de depósito intralesional.Ela poderá ser preparada a 50% com anestésico local – xilocaína. A vantagem é que ela tem baixo custo econômico, mas com dor durante a aplicação e eventual necessidade de várias aplicações.

Pomada ou Gel Antiproliferante: Tem efeito antiproliferante no tecido cicatricial. Extrato de allium cepa 100,00 mg, Alantoína 10,00 mg, Heparina sódica (5000 UI) indicadas para cicatriz hipertrófica e cicatriz queloidiana.

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