• Matéria: Geografia
  • Autor: anaclaracostasilvaco
  • Perguntado 5 anos atrás

Como são caracterizados os problemas sociais na América Latina ​

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respondido por: Vprebelo
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Resposta:

No próximo mês, centenas de líderes de todos os diferente setores da sociedade chegarão na Cidade do Panamá para o nono World Economic Forum on Latin America (Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina). É o cenário adequado para um encontro focado na oportunidade da América Latina de dar um salto em termos de crescimento, produtividade e desenvolvimento de infraestrutura.

A Cidade do Panamá tem um sabor tradicional da América Latina, com seus centros coloniais históricos e coloridos. Ela também incorpora o crescimento econômico dinâmico das regiões com um horizonte que rivaliza qualquer grande centro comercial. Localizada no centro das Américas, é bem conectada e irá, esse ano, celebrar o centenário do Canal do Panamá.

O país como um todo tem se esforçado tremendamente na área de competitividade. Com investimento vasto em infraestrutura, o país criou modelos de negócios inovadores para atrair companhias internacionais. Como resultado, o Panamá desenvolveu uma economia próspera baseada principalmente em serviços, com uma taxa de crescimento sustentada e muito alta nos últimos 10 anos.

É por essa perspectiva que nós iremos focar nos esforços da América Latina para impulsionar dinamismo econômico, inovar na inclusão social e sustentabilidade ambiental, e modernizar sua infraestrutura econômica e institucional.

A América Latina tem vastos recursos naturais e importante capital humano. Ela mostrou sua resistência financeira com crescimento econômico sustentado na última década e, apesar de perspectivas econômicas complexas, está aberta agora para maiores investimentos em uma série de diferentes industrias.

No Brasil, por exemplo, o Programa de Investimentos em Logística, uma carteira de investimento em infraestrutura conduzida pelo governo no valor de 121 bilhões de US$, é baseada em parcerias estratégicas com o setor privado e no México, um amplo pacote de reformas sobre as leis laborais, educação e setores econômicos estratégicos, abriram grandes oportunidades nas indústrias de energia, comunicação e fabricação. Este é um modelo inspirador que poderia ser usado em outros países, ambos dentro e fora da região.

Mas é importante superar os desafios estruturais restantes. Os países da América Latina devem diversificar seus motores de crescimento. As mercadorias exportadas representavam 60% das exportações da região comparadas com 40%, dez anos atrás. Mais do que a expansão do seu volume, muitos foram beneficiados pelos altos preços das mercadorias, mas esse é uma base volátil para uma economia, com a diminuição da demanda, principalmente da China, por causa da desaceleração da economia mundial. Também implicou na substituição de produtos fabricados localmente por importações, afetando a capacidade de produção e competitividade da região, em alguns casos. Isso abre uma oportunidade ideal para a adoção de novas políticas regionais industriais para promover uma especialização reforçada baseada em conhecimento, adicionando aumento de valores e melhorando cadeias de valores que também incorporam os PME. Neste contexto, iniciativas de integrações econômicas como a Pacific Alliance (Aliança do Pacífico) são exemplos positivos de vontade política em direção a conquista de fluxos mais eficientes de produtos e serviços, simplificação dos procedimentos aduaneiros e a redução de burocracia, em geral.

Do ponto de vista da competitividade, a região deve modernizar sua infraestrutura e logísticas e reduzir os custos de transporte ou comprometerá o aumento na produtividade e desenvolvimento. Esse aspecto é crucial e requer uma atenção cuidadosa. Infraestrutura física é, obviamente, chave e sua modernização requer recursos financeiros suficientes, isso poderia, em alguns casos, exigir inovadores modelos de investimento público e privado ou novos recursos e aumento da rentabilidade da reforma fiscal, juntamente com instituições consolidadas para monitorar os gastos públicos.

Mas nós estamos também nos referindo a infraestrutura tecnológica e institucional, o que permite que empresas comprometam-se com a região e dê aos investidores a certeza de que eles exigem à longo termo. A América Latina deve trazer novas tecnologias e desenvolver políticas públicas reforçadas e modelos inovadores de negócios, se quiser transcender o status quo e desenvolver uma economia mais avançada.

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