• Matéria: Português
  • Autor: nogueiraluisfelipe42
  • Perguntado 5 anos atrás

O Brasil comemora os 25 anos da aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a lei
catalisadora de transformações importantes na vida de meninos e meninas em todo o país. Com isso, as
crianças e os adolescentes que crescem hoje no Brasil vivem uma realidade muito diferente daquela que a
geração de seus pais e avós viveu em sua infância.
Em 1989, a Assembleia Geral da ONU adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança, que foi
ratificada no ano seguinte pelo Brasil. Antecipando esse movimento internacional, a Constituição de 1988
garantiu, em seu artigo 227, a infância e a adolescência como prioridade absoluta.
Em 1990, o país traduziu esses princípios em uma legislação mais completa e detalhada, o Estatuto
da Criança e do Adolescente, deixando para trás o Código de Menores, uma lei discriminatória, repressiva
e segregacionista.
Acompanhando essas mudanças no marco legal, o Brasil também viveu uma transformação social e
econômica nos últimos 25 anos, tornando-se um país de renda média alta. Cerca de 60% dos brasileiros
aumentaram sua renda, segundo o Banco Mundial. Ao todo, 36 milhões de pessoas saíram da pobreza
extrema.
O país se fortaleceu economicamente: saltou da 13ª para a 7ª posição no ranking das maiores
economias do mundo. Também ganhou uma face mais urbana: a concentração da população nas cidades
cresceu de 75%, em 1991, para 84,8%, em 2013.
O balanço desses 25 anos está marcado por conquistas concretas para crianças e adolescentes. O
Brasil é uma das nações que têm se destacado por reduzir a mortalidade infantil. Entre 1990 e 2012, a taxa
de mortalidade infantil caiu 68,4%, chegando a 14,9 mortes para 1 000 nascidos vivos, de acordo com o
Ministério da Saúde. Com isso, superou a meta de redução da mortalidade infantil prevista nos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) antes do prazo estabelecido.
Nesse período, todos os indicadores relacionados à educação avançaram e o país está próximo de
assegurar o ensino fundamental universal. De 1990 a 2013, o percentual de crianças com idade escolar
obrigatória fora da escola caiu 64%, passando de 19,6% para 7% (Pnad). Os dados da educação são
reforçados pela redução de 73,6% na taxa de trabalho infantil entre 1992 e 2013.
Ao criar as condições que levaram ao desenvolvimento de políticas públicas que contribuíram
diretamente com esses resultados, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deve ser celebrado.
Porém, a celebração apenas será completa se esse progresso alcançar todas as crianças e todos os
adolescentes, sem exceção.
Apesar de importantes avanços impulsionados pelo ECA, muitos meninos e meninas ainda estão
sendo deixados para trás. Crianças indígenas, por exemplo, têm duas vezes mais risco de morrer antes de
completar 1 ano do que as outras crianças brasileiras. Mais de 3 milhões de crianças e adolescentes – de 4
a 17 anos – estão fora da escola e 1,3 milhão entre 5 e 15 anos trabalham (Pnad, 2013).
Os importantes resultados obtidos nesses 25 anos ficam ofuscados pelo número de mortes de
adolescentes e jovens, um dos maiores do mundo, ultrapassando inclusive as estatísticas de países em
situação de guerra e conflitos armados. Apenas em 2013, mais de 10 mil adolescentes foram assassinados
no país. O Brasil está salvando as crianças da mortalidade infantil, mas acaba perdendo muitas dessas vidas
para a violência urbana.
Para o Unicef, há evidências suficientes para comemorar o fato de que o Brasil tomou a decisão certa
ao aprovar uma lei que protege, promove e defende um conjunto amplo de direitos humanos e de cidadania
para assegurar o desenvolvimento de crianças e adolescentes e, consequentemente, de todo o país.
Mas esta também é uma oportunidade para refletir sobre as desigualdades que ainda impedem que
cada criança e cada adolescente usufruam igualmente de todos os direitos. E, sobretudo, uma oportunidade
de agir e transformar essa realidade para garantir direitos para todas as crianças e todos os adolescentes,
independentemente de sua cor, condição física ou econômica. Só assim o Brasil poderá se firmar como
referência não só no campo legal e de políticas sociais, mas, principalmente, na vida real de meninos e
meninas.
Gary Stahl é representante do Unicef no Brasil.

4. (Costa, org., 2018 – Obra Coletiva) A partir do quarto parágrafo são compartilhados com o leitor diversos
dados numéricos sobre o Brasil e o mundo. Com base nas informações apresentadas no texto, responda às
questões:
a) Quais foram as fontes de pesquisa consultadas pelo autor?
b) De que forma a apresentação desses dados e fontes ajuda a convencer o leitor do ponto de vista do
autor?
c) Releia o décimo parágrafo. É possível identificar a fonte dos dados mencionados? Em sua opinião, por
que o autor fez essa escolha?

Respostas

respondido por: apolonioaguero
18

Resposta:

A)ODM,PNAD, Banco mundial e o ministério da saúde.

B) essa eu também não sei... C)sim,para poder explicar mais sobre a revolução.

Espero ter ajudado:)

Perguntas similares