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derrubou a economia de forma implacável
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Coronavírus e a Crise de 2020
Possivelmente, a Crise de 2020 será lembrada como a crise do coronavírus, mas vários outros fatores se combinaram à pandemia global para formar um cenário sem precedentes.
Acompanhe as principais causas que levaram a esse quadro de recessão.
Cenário de desaceleração econômica
É importante lembrar que, antes de qualquer sinal de pandemia, o Brasil já enfrentava a desaceleração da economia e se encontrava em lenta recuperação. Em 2019, o PIB teve um crescimento de apenas 1,1%, em comparação ao 1,3% de 2017 e 2018, conforme dados do IBGE.
Para 2020, as expectativas eram otimistas: o governo chegou a projetar uma alta do PIB de 2,40% em janeiro de 2020. Em abril de 2020, esse número já havia despencado para uma queda de 1,18% no PIB brasileiro, conforme o boletim Focus do período.
Ou seja: o coronavírus e seus fatores associados chegaram em um momento delicado para o país, em meio às dificuldades para retomar a economia e números modestos.
Crash do petróleo
Junto à pandemia global, o preço do petróleo desabou 30% devido à guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita. A queda é a maior desde os tempos da Guerra do Golfo, e foi causada pelo aumento da produção e oferta de descontos da Arábia Saudita, para proteger sua posição de mercado contra a Rússia.
Pânico diante das incertezas da Covid-19
Com o avanço da Covid-19, o pânico tomou conta do mercado financeiro e da sociedade no geral. O medo da recessão global somado ao contexto da guerra de preços derreteu as bolsas no mundo todo, levando a B3 a acionar o circuit breaker repetidamente durante a Crise de 2020.
Diante das incertezas, cessam os investimentos e cresce a aversão ao risco — criando um cenário de fuga de capital estrangeiro na bolsa brasileira.
Paralisação das atividades econômicas
Para completar o quadro caótico da Crise 2020, as medidas adotadas para controlar a pandemia do coronavírus paralisam grande parte da economia, devido à necessidade de isolamento social para conter a disseminação. O intuito é adiar o contágio para que o sistema de saúde dê conta da demanda, salvando muitas vidas, mas o custo econômico também será altíssimo.
Consequências da Crise de 2020
O consenso sobre a Crise de 2020 é que suas consequências podem ser muito piores do que as da Crise Financeira Global de 2008.
Veja quais são as maiores ameaças.
Desemprego
Com o fechamento das empresas e queda brusca no faturamento, o aumento do desemprego é a primeira consequência que deve afetar o país. Os analistas preveem um aumento brusco da taxa de desemprego e desocupação, que deve ultrapassar os 11,6% do período pré-crise em pelo menos cinco pontos percentuais.
Endividamento público
Com os pacotes de medidas de enfrentamento ao Coronavírus, os gastos públicos emergenciais devem gerar um déficit de pelo menos R$ 452,5 bilhões, segundo estimativa publicada o G1. Diante da necessidade de socorrer trabalhadores e empresas, o rombo nas contas públicas é inevitável.
Falências
Muitas das empresas afetadas pela Crise de 2020 não têm caixa suficiente para se sustentar durante o período de paralisação. Considerando que a maioria são micro, pequenas e médias empresas, o país pode enfrentar um cenário de falência generalizada.
Incertezas políticas
A Crise de 2020 também afeta o campo político e gera ainda mais incertezas em relação à capacidade dos governos em lidar com a recessão prolongada. Ficou claro que as principais economias do mundo estão com dificuldades em cooperar umas com as outras e que os países emergentes serão os mais prejudicados, devido à falta de recursos e endividamento.
Diante desse cenário, é fácil deduzir que o mercado financeiro enfrenta uma volatilidade intensa e um estado de bear market generalizado. Nesse momento, você precisa tomar decisões inteligentes para proteger seu patrimônio e reduzir possíveis as perdas da Crise de 2020.
Explicação:
Bom estudo