Respostas
Resposta: No século XX, em especial, existiram várias ocasiões em que se discutiu a influência das idéias estabelecidas como entrave ao desenvolvimento de vertentes teóricas opostas à perspectiva dominante. Em muitos estudos promove-se uma tentativa de verificar o quanto isto deixa ou não de ser importante para o progresso da ciência (quando se assume haver progresso científico). Fala-se da necessidade de se verificar a validade do desenvolvimento deste ou daquele método para o trato das coisas. Advoga-se em favor de um método de se fazer ciência em particular, alguns ainda em favor do pluralismo metodológico,1 do ecletismo ou mesmo de nenhum método. Em todos estes casos existe também a preocupação de compreender melhor a maneira de se pensar a ciência social e, no caso da economia, em particular, há ainda quem questione inclusive o fato de esta vir mesmo a ser uma ciência.
Cercado de tantas interrogações, o pesquisador experimentado pode defrontar-se ainda com questões menos discutidas, mas de vital importância. Neste trabalho, entre outras coisas, apresentam-se algumas delas.
Na ciência econômica, discussões filosóficas acerca do processo de evolução dos empreendimentos científicos foram sendo deixadas para segundo plano no século XX em favor da "purificação" dessa ciência. Mas alguns esforços foram empreendidos, sobretudo na última metade daquele século, no sentido de resgatar as discussões sobre a forma como os economistas "fazem" a sua ciência.
Em 1962 foi publicada a primeira edição de A estrutura das revoluções científicas, principal obra do físico Thomas Samuel Kuhn (1922-1996). Nesta obra, Kuhn oferece uma nova forma de ver a evolução e o progresso da ciência, criticando a visão de processo cumulativo de conhecimento. Sua forma de explicar o progresso da ciência passa pelo estudo das revoluções científicas, rupturas radicais com o modelo teórico vigente até então, ou ainda a tradição científica estabelecida em determinado campo de pesquisa.
Bons Estudos!