Respostas
Resposta:
A madrugada posterior à comemoração pelo Dia do Índio, em 19 de abril de 1997, chocou todo o Brasil. Por volta das 5h30 de domingo, à época, 20 de abril, cinco amigos deixavam o Centro Comercial Gilberto Salomão com um carro Monza preto, após uma noitada. Na parada de ônibus da 703 Sul, estacionaram o veículo para "brincar". No local, dormia o cacique da tribo Pataxó Hã-hã-Hãe Galdino Jesus dos Santos, 44 anos.
O quinteto, que morava no Plano Piloto, era formado por Antônio Novely Vilanova, na época com 19 anos, Max Rogério Alves, 19, Tomás Oliveira de Almeida, 19, Eron Chaves Oliveira, 18 e G.A.J., 17, estava munido com álcool e fósforos. Eles utilizaram o material para queimar vivo o indígena, que visitava Brasília pela segunda vez.
Galdino havia chegado na capital ainda naquele sábado, juntamente com outros oito índios da tribo oriunda do Sul da Bahia. Após comemorarem a data com protestos, o cacique deixou a festa por volta de 0h e se direcionou até a pensão onde estava hospedado, a 200 metros do ponto de ônibus onde ocorreu a tragédia. Perdido, chegou ao local às 3h, contudo, não pôde entrar. "A dona da pensão o barrou na e disse que já passavam das 21h ; hora em que as portas normalmente se fecham", relatou um primo do cacique ao Correio, à época.
O índio descansou por duas horas, até que a barbárie ocorreu. Após a o ato violento, os amigos fugiram no veículo, mas foram seguidos por uma testemunha que passava pelo local e anotou a placa. Enquanto isso, Galdino recebia ajuda de outras pessoas, que tentavam apagar as chamas com água e com um extintor de incêndio.
Pessoas próximas ao túmulo do índio pataxó Galdino Jesus dos Santos, na aldeia Pataxó, na Bahia