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Resposta:s antepassados bascos transmitiram a Domingo Alzugaray a noção de que o homem vence suas batalhas na vida usando 5% de inspiração e 95% de transpiração. Fiel a esse adágio, ele o perseguiu a cada novo desafio na sua rica trajetória, que redundou no Grupo de Comunicação Três, responsável pelas revistas ISTOÉ, ISTOÉ DINHEIRO e inúmeras outras publicações de expressão no mercado. Alzugaray se transformou em um dos maiores e mais influentes nomes da mídia nacional e à constatação de sua morte, na semana passada, abriu-se um vazio no mundo empresarial brasileiro, no ambiente de seus familiares, colaboradores e amigos mais próximos – e na história dos grandes nomes da imprensa. Na segunda-feira, 24 de julho, Alzugaray faleceu aos 84 anos em consequência de complicações causadas por um Parkinson em estágio avançado. Ao longo de quase meio século, ele construiu uma máquina de geração de conteúdo jornalístico que informou e formou brasileiros do Oiapoque ao Chuí, atuando em diversas plataformas, inclusive com o pioneirismo na área digital. Alzugaray esteve sempre um passo à frente na busca por inovação. Seu maior legado, contudo, é difícil de medir em números – talvez seja mais adequado aos manuais de jornalismo –, com a sua regra inquebrantável de levantar todos os ângulos de uma notícia. “Aqui não sai matéria, seja na ISTOÉ, na DINHEIRO ou em qualquer de nossas revistas, sem farta comprovação, fatos concretos e provas materiais de que o episódio existiu”, costumava dizer. Ele consagrou a “reportagem de autor”, fora do conceito de textos pasteurizados, tal qual linha de produção industrial, sem alma ou análise de contexto, vigente até então. Nas páginas das revistas que criava, Domingo Alzugaray praticamente reinventou o jornalismo informativo. Alinhavou novos princípios de edição, cobertura e enfoque. Apostou no modelo investigativo, de acuidade com os meandros da notícia. E nessa jornada, sob a sua batuta, a Três reviu rótulos, consagrou a verdade factual e refez a história em vários momentos, ajudando decisivamente na construção da Nação. “Um de nossos orgulhos é saber que as revistas da Três interferiram positivamente no avanço do País”, dizia Domingo Alzugaray.
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