Respostas
Resposta:
Nas chamadas cantigas de amor, influenciadas pela arte praticada na região de Provença, na França, impera o tema do amor cortês, isto é, o modo de amar do cortesão, daquele que vivia na corte.
Entre a dama e o cavaleiro, estabelece-se uma relação equivalente à que existia na vida política. A mulher é vista como suserano e o poeta, como vassalo. O cavaleiro se dedica de corpo e alma ao culto da amada, que mantém sempre um comportamento altivo, distante do pretendente.O amor é chamado de cortês ou cavalheiresco, porque coube aos cavaleiros, que formavam a nobreza militar, criar uma nova visão de mundo, que vem a ser a cortesia. Os cavaleiros deveriam se comportar como um cavalheiro, segundo regras rígidas de comportamento, diferenciando-se, desse modo, da plebe.
Entre os trovadores galego-portugueses destacam-se D. Dinis (1261–1325), também conhecido como “rei trovador”. A ele são atribuídas as autorias de 138 cantigas.
Explicação:
Estes meus olhos nunca perderan,
senhor, gran coyta, mentr’ eu vivo fôr;
e direy-vos, fremosa mia senhor,
d’estes meus olhos a coyta que an:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
Guisado teen de nunca perder
meus olhos coyta e meu coraçon,
e estas coytas, senhor, mias son:
mays los meus olhos, por alguen veer,
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.
E nunca ja poderey aver ben,
poys que amor já non quer nen quer Deus;
mays os cativos d’estes olhos meus
morrerán sempre por veer alguen:
choran e cegan, quand’alguen non veen,
e ora cegan por alguen que veen.