Respostas
Resposta:O que é o novo Ensino Médio?
O novo Ensino Médio é uma reforma na grade curricular aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer pela lei nº 13.415/2017, que alterou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu mudanças na estrutura do ensino.
Além de ampliar o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais, o novo sistema define uma organização curricular mais flexível e adota uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece um currículo comum obrigatório para todos os alunos. As redes e escolas terão até 2022 para se adaptar à nova legislação.
Quais são as mudanças propostas?
As principais mudanças do novo Ensino Médio são o aumento da carga horária dos estudantes, a adoção de uma base comum curricular e os itinerários formativos. Entenda cada um deles a seguir.
Carga horária ampliada
Com o novo sistema, a carga horária será ampliada de 2.400 horas para 3.000 horas. Desse total, 1.800 horas serão usadas para as aprendizagens comuns e obrigatórias estabelecidas pela BNCC, e as outras 1.200 horas serão destinadas ao itinerário formativo.
Outra novidade é a proposta de que todas as escolas de Ensino Médio sejam de tempo integral, com uma carga horária ampliada para 1.400 horas anuais — o que equivale a 7 horas diárias. A implantação será progressiva e possibilitará ao aluno mais tempo para realizar seus estudos e também se dedicar a oficinas, práticas esportivas, além de ter apoio de profissionais para a elaboração do seu projeto de vida.
Base Nacional Comum Curricular
A proposta da BNCC é garantir a todo estudante brasileiro, de escolas públicas e privadas, aprendizagens comuns e obrigatórias, que preparem os jovens para o mundo do trabalho e permitam um pleno exercício da cidadania.
A Base Nacional Comum Curricular é organizada por 4 áreas de conhecimento: Matemática, Linguagens, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, sendo português e matemática as únicas matérias obrigatórias nos 3 anos.
Cabe ressaltar que a BNCC não exclui as disciplinas, mas disponibiliza esses conhecimentos de forma diferenciada. Isso significa que, obrigatoriamente, os currículos de todas as escolas devem incluir o ensino de habilidades e competências relacionadas à Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, História, Física, Química, Biologia, Artes, Educação Física, Sociologia, Filosofia e Inglês, tendo o estudante 1.800 horas para concluir esse percurso.
Além disso, o modelo de organização por áreas do conhecimento estimula novos formatos de ensino e a interdisciplinaridade. A proposta é tornar as aulas menos expositivas e mais dinâmicas, favorecendo a realização de oficinas, projetos e atividades que estimulem a participação dos estudantes e conectem conhecimentos e professores de diversas áreas.
Itinerários formativos
Para conectar o ensino com a realidade e preparar as novas gerações para o mundo do trabalho, umas das apostas do novo Ensino Médio é a flexibilidade. Para isso, os alunos terão a oportunidade de iniciar um itinerário formativo no primeiro ano de ensino.
A proposta do itinerário formativo é que o aluno escolha, de forma consciente e responsável, um percurso de aprendizado que dialogue com seus interesses, anseios e aptidões.
Constituídos por um conjunto de disciplinas, oficinas, projetos, núcleos de estudo e outras situações de aprendizado, esses itinerários oferecem ao jovem a possibilidade de um estudo aprofundando em uma ou mais áreas de conhecimento, ou ainda a formação técnica e profissional.
Para auxiliar os alunos nessa decisão, o novo Ensino Médio torna obrigatório que as escolas criem espaços e tempo de diálogo com os estudantes para que eles possam avaliar seus interesses, conhecer cada uma das possibilidades e, a partir daí, desenvolver seu projeto de vida.
Além de favorecer uma opção consciente, o projeto de vida também pode auxiliar o estudante a desenvolver outras habilidades, como ser cooperativo, saber expressar e defender suas ideias, perceber, respeitar e analisar o mundo ao seu redor, entender e fazer o uso adequado das tecnologias etc.
Cabe ressaltar que as redes de ensino terão autonomia para definir, de acordo com a realidade local, quais itinerários formativos vão ofertar. Caso disponibilizem a formação técnica e profissional, ao final dos 3 anos, deverão certificar os jovens tanto no Ensino Médio quanto no curso técnico ou nos cursos profissionalizantes realizados.
Como as Instituições de Ensino Superior podem se preparar?
Para garantir a qualidade dos cursos e atender às demandas do novo Ensino Médio, é preciso que as IES comecem a repensar os currículos das licenciaturas de modo a preparar os futuros professores para as novas exigências da sala de aula.
Explicação: eu axei no google, espero que ajude!!