Pesquise sobre mulheres que tiveram um papel importante na luta pela equidade de direitos ou que deixaram como legado uma contribuição importante para a humanidade.
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Rosa Parks (1913-2005) foi uma ativista do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. No dia 1 de dezembro de 1955, Rosa entrou para a história por se negar a ceder a um branco o seu assento em um ônibus em Montgomery, no Alabama.
Rosa Louise Parks nasceu em Tuskegee, Alabama, no Sul dos Estados Unidos, no dia 4 de fevereiro de 1913. Filha de James e Leona Edwards McCauley, mais tarde, mudou-se com a família para Pine Level, onde estudou na escola rural.
Com 11 anos, ingressou na Montgomery Industrial School for Girls. Em seguida, estudou na Alabama State Teacher’s College High School. Com a doença de sua avó e em seguida de sua mãe, Rosa foi obrigada a abandonar a escola. Passou a trabalhar como costureira para ajudar nas despesas da casa.
No dia 18 de dezembro de 1932, Rosa casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que lutava pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou uma militante. Incentivada pelo marido, Rosa concluiu o ensino médio em 1934. Raymond chegou a secretário e líder juvenil da associação.
Em Montgomery, capital do Estado de Alabama, no Sul dos Estados Unidos, local onde ocorriam os maiores conflitos raciais do país, desde 1900, por lei, os primeiros assentos dos ônibus eram reservados para passageiros brancos.
No dia 1 de dezembro de 1955, quando Rosa voltava do trabalho, tomou um desses ônibus e sentou-se em um dos assentos localizados no meio do coletivo. Quando alguns brancos entraram no ônibus e ficaram em pé, o motorista exigiu que Rosa e outros três negros se levantassem para dar o lugar aos brancos. Enquanto os outros três se levantaram, Rosa se negou a cumprir a ordem e permaneceu sentada.
A polícia foi chamada e Rosa Parks foi detida e levada para a prisão por violar a lei de segregação do código da cidade de Montgomery apesar de não estar sentada nas primeiras cadeiras. No dia seguinte, Rosa foi solta depois que teve a fiança paga por Edgar Nixon, presidente da NAACP e por seu amigo Clifford Durr.
A prisão de Rosa provocou um grande protesto que resultou em um boicote aos ônibus urbanos, quando os trabalhadores negros e os simpatizantes da causa passaram a caminhar quilômetros em direção ao trabalho, causando grande prejuízo para a empresa.
Os protestos receberam o apoio de várias personalidades que se engajaram no movimento, entre eles, Martin Luther King, que era pastor na cidade de Montgomery, e a cantora gospel Mahalia Jackson, que realizou uma série de shows para ajudar os ativistas que estavam presos.
O movimento contra a segregação durou 382 dias e só terminou em 13 de novembro de 1956 após a Suprema Corte declarar inconstitucionais as leis de segregação. Foi o primeiro movimento contra a segregação que saiu vitorioso em solo norte-americano.
Em 21 de dezembro de 1956, Martin Luther King e Glen Smiley, sacerdote branco, entraram juntos em um ônibus e ocupam os primeiros lugares. Rosa Parks foi reconhecida nacionalmente como a “mãe do moderno movimento dos direitos civis”.
As dificuldades não pararam, Rosa sofreu ameaças de morte e teve dificuldade de conseguir emprego. Em 1957 mudou-se para Detroit, Michigan. Em 1964 tornou-se diaconisa da Igreja Episcopal Metodista Africana (AME).
Em 1992, Rosa publicou sua autobiografia, “Rosa Parks: MY Story”. Em 2002, viúva e com dificuldades financeiras, Rosa foi despejada de seu apartamento. Com a grande comoção nacional, Rosa recebeu ajuda da igreja batista Hartford Memorial, e o perdão da dívida pelo banco.
Rosa Parks faleceu em Detroit, Michigan, Estados Unidos, o dia 24 de outubro de 2005. Seu caixão foi velado com honras da Guarda Nacional do Estado de Michigan.
(site: ebiografia)