• Matéria: Filosofia
  • Autor: kacatuab
  • Perguntado 5 anos atrás

1 - Considere o texto seguinte:
Certa vez, um cosmonauta e um neurologista russos discutiam sobre religião. O neurologista era cristão, e o cosmonauta não. “Já estive várias vezes no espaço”, gabou-se o cosmonauta, “e nunca vi nem
Deus, nem anjos”. “E eu já operei muitos cérebros inteligentes”, respondeu o neurologista, “e também
nunca vi um pensamento”.
O mundo de Sofia, Jostein Gaardner, Cia. das Letras, 1995.
a) EXPLIQUE qual dos dois tipos de saberes estão sendo discutidos no texto?

b) COMENTE qual limite seria comum aos dois tipos de saberes presentes no texto?

Respostas

respondido por: ISADORAOLIVEIRADUTRA
290

a) O saber religioso. o cosmonauta e o neurologista discutem sobre as suas crenças e tentam provar a veracidade daquilo que acredita através do saber espontâneo, do senso comum.

b) Saber religioso e saber espontâneo. Não existe um(a) senso comum/crença mais correto que o outro. Existem diversas crenças, diversos tipos de experiência, todos muito diferentes, e não existe um certo ou errado. Cada um tem uma idéia diferente do que é certo ou errado, do que é real ou não real, do que importa e do que não importa.

Obs.: Espero ter ajudado ^_^

respondido por: marigiorgiani
71

a) São os saberes religioso e o científico

b) Ausência de comprovações; milagres

Embora a ciência trabalhe com base em hipóteses, testes e provas, existe um limite até mesmo para esse tipo de conhecimento. Pode ser que algum dia, muito no futuro, o ser humano consiga entender como o corpo humano funciona por completo, e como todas as reações químicas existentes na Terra se relacionam. Mas esse dia ainda está distante.

Tal como dizia Sócrates, "só sei que nada sei". E esse é o conceito que guia tanto o conhecimento religioso quanto o conhecimento científico. Cada um tem suas verdades e lida com elas de sua forma, mas nas duas esferas pode-se admitir que nem todo o conhecimento é dominado pelo homem.

Há mistérios na religião, e há mistérios na ciências. Portanto, no diálogo apresentado, o neurocirurgião utiliza sua prática científica para mostrar ao astronautra que a visão não capta tudo o que existe. Afinal, se nós somos seres pensantes e o pensamento não é palpável e nem visível, como podemos querer que tudo que existe também seja palpável e visível? O milagre pode ser justamente a existência ou ocorrência de algo que não sabemos explicar - tal como tantas outras coisas no universo.

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