"Os líderes europeus há muito estão alarmados com a possibilidade de que as palavras do
presidente Donald J. Trump e suas mensagens no Twitter comprometam a aliança atlântica que
havia se tornado cada vez mais forte ao longo de 70 anos. E se agarravam à esperança de que
estes vínculos resistissem à tensão. Mas nos últimos dias da conferência anual sobre segurança
realizada em Munique este mês, o descontentamento se tornou aberto, concreto, entre sinais
de revolta.
"Ninguém acredita mais que Trump esteja muito preocupado com os pontos de vista ou os
interesses dos aliados. A aliança se rompeu", disse um funcionário de alto escalão alemão, que
pediu para não ser identificado. O perigo mais imediato, alertaram os representantes, é que as
rachaduras agora sejam exploradas pela Rússia e a China.Os europeus não acreditam mais que
Washington vá mudar, pelo menos enquanto Trump considerar os aliados rivais econômicos e a
liderança uma imposição. Mas além do governo Trump, há um número cada vez maior de
europeus que afirmam que as relações com os Estados Unidos nunca mais serão as mesmas,
"Dois anos de Trump, e a maioria dos franceses e dos alemães agora confia mais na Rússia e na
China do que nos Estados Unidos", disse Karl Kaiser, respeitado analista das relações entre
Alemanha e EUA.Contudo foi possível perceber sinais de que nem todos os líderes americanos e
europeus estão dispostos a renunciar à aliança tão facilmente.
ESTADO DE S.PAULO. Europa se irrita com divisão na aliança transatlântica.
martamonteiroc:
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