Sempre desconfiei
Sempre desconfiei de narrativas de sonhos. Se já nos é difícil recordar o que vimos despertos e de olhos bem abertos, imagine-se o que não será das coisas que vimos dormindo e de olhos fechados... Com esse pouco que nos resta, fazemos reconstituições suspeitamente lógicas e pomos enredo, sem querer, nas ocasionais variações de um calidoscópio. Me lembro de que, quando menino, minha gente acusava-me de inventar os sonhos. O que me deixava indignado.
Hoje creio que ambas as partes tínhamos razão.
Por outro lado, o que mais espantoso há nos sonhos é que não nos espantamos de nada. Sonhas, por exemplo, que estás a conversar com o tio Juca. De repente, te lembras de que ele já morreu. E daí? A conversa continua.
Com toda a naturalidade.
Já imaginaste que bom se pudesses manter essa imperturbável serenidade na vida propriamente dita?
(Mário Quintana. A vaca e o hipogrifo)
Assinale o item que possui uma oração subordinada substantiva objetiva indireta.
SUA RESPOSTA:
A)
Sempre desconfiei de narrativas de sonhos.
B)
Se já nos é difícil recordar o que vimos despertos e de olhos bem abertos...
C)
Por outro lado, o que mais espantoso há nos sonhos é que não nos espantamos de nada.
D)
De repente, te lembras de que ele já morreu.
E)
A conversa continua. Com toda a naturalidade.
Respostas
respondido por:
2
isso daí é de marcar ou de responder ?
pinguimjulia11:
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