Com base no texto é possível afirmar que a mudança do censo do Instituto Brasileiro de geografia e estatística IBGE de 2020 é importante pois?
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A presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, afirmou nesta quinta-feira (4), em uma audiência na Câmara, que as alterações no questionário do Censo 2020 seriam feitas mesmo se não houvesse o corte no orçamento da pesquisa.
Em abril, o IBGE anunciou a redução dos gastos do Censo 2020, para atender determinação do governo federal de corte de custos. O orçamento para a realização da pesquisa será de cerca de R$ 2,3 bilhões. Valor 25% menor que os R$ 3,1 bilhões inicialmente previstos.
Uma das mudanças no questionário do próximo Censo é a redução da quantidade de perguntas. Das 112 questões que eram feitas, passarão a ser 76. As alterações foram alvo de críticas de especialistas.
Para a presidente do IBGE, as mudanças vão manter a qualidade e a cobertura da pesquisa. Ela citou que o tempo médio de aplicação de cada questionário vai diminuir.
“Mesmo sem o corte orçamentário, os ajustes nos questionários seriam feitos. A gente precisa olhar para frente”, disse Guerra. "Os ajustes do questionário visaram a qualidade e a cobertura. Sete minutos para quatro minutos faz diferença, sim, em um universo de 70 milhões de domicílio”, disse.
Função do Censo
Durante a apresentação, Guerra disse que o Censo deve se concentrar na contagem populacional por sexo e idade, principal função da pesquisa, de acordo com a presidente do IBGE.
De acordo com ela, o Censo não precisa resolver todos os desafios de informações sobre a população brasileira.
"Um censo tem que medir a densidade populacional e o perfil da população brasileira. Ponto. Não precisa ser tudo para todos”, disse. "O censo tem que priorizar o que é sua função principal.”
Guerra esclareceu que nenhuma tema ficou de fora da pesquisa. Ela explicou que as perguntas retiradas tinham o objetivo detalhar algumas respostas. Por isso, de acordo com a presidente, o fim dessas perguntas não vai afetar a manutenção da série histórica do Censo por áreas temáticas.
“Os ajustes foram feitos com toda essa visão de que não vai quebrar série histórica. A razão para que uma pergunta fique no Censo não é porque ela sempre foi perguntada, mas porque tem utilidade para políticas públicas”, afirmou Guerra.
Pergunta sobre valor do aluguel
Uma das perguntas cortadas do Censo foi a que questiona o valor pago por quem mora de aluguel.
A retirada da pergunta foi criticada por parlamentares, que relataram os prejuízos que isso pode causar para avaliar o déficit habitacional do país.
O diretor de pesquisas do IBGE, Eduardo Rios Neto, afirmou que não se pode confundir Censo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (PNAD). Segundo ele, a pergunta sobre o pagamento de aluguel que foi retirada do censo 2020 está presente na PNAD Contínua.
“Censo é uma coisa, PNAD é outra. A complexidade da PNAD é maior”, disse Rios Neto.
Após a audiência, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ)que entrará com uma ação no Ministério Público Federal para impedir que os cortes orçamentários no IBGE prejudiquem a formulação de políticas públicas.
Segundo o deputado, a presidente do IBGE não apresentou estudos técnicos que comprovem que as alterações nos questionários não prejudicarão o Censo.
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