PRODUÇÃO DE TEXTO: TEMA, TESE E CONCLUSÃO SOBRE VIOLENCIA CONTRA A MULHER EM 10 LINHAS PFVR ME AJUDA
Respostas
Resposta:
Apesar dos avanços e das conquistas femininas, a sociedade brasileira vive uma epidemia de vio-
lência contra a mulher. Mesmo com a sanção da Lei Maria da Penha, em 2006, o Estado ainda não consegue
garantir o direito de liberdade de mulheres ameaçadas por seus companheiros. Por isso, o homicídio de
mulheres, o femicídio, continua sendo um dos crimes que mais nos assusta na contemporaneidade. Entre
violências físicas e simbólicas, ele continua sendo marcado, quase sempre, pelo horror com que o homem
elimina sua companheira, após o término de uma relação. Trata-se de um crime passional que nasce na
tênue fronteira entre a integridade da mulher e sua sujeição ao companheiro (SAFFIOTI, 1999, p. 84).
Esse crime é parte da violência doméstica, praticada por alguém próximo da mulher. Normal-
mente, o criminoso é um parceiro com o qual a mulher mantém ou manteve alguma estabilidade afetiva.
Lia Zanotta Machado chama a atenção para os dados desta triste estatística: quase 77% desses assassina-
tos são cometidos por homens abandonados. Para piorar esse quadro, na grande maioria das vezes, tal
crime é antecedido por agressões físicas e sexuais. Portanto, “os femicídios são ‘domésticos’ e se traduzem
no ponto final da escalada desta violência doméstica cotidiana” (MACHADO, 2006, p. 15).
Na literatura brasileira, há diversos registros de violência contra a mulher associados aos
comportamentos próprios de uma sociedade patriarcal tradicional. De diferentes formas, a postura
do agressor é representada como parte de uma cultura dominante, por isso incorporada aos padrões
sociais disciplinadores. Desde o século XIX, a literatura registra tanto as sutilezas como o horror da
violência física e simbólica que sustentam a dominação masculina. Do término do casamento ao assas-
sinato brutal da mulher, a honra do patriarca dá sustentação à barbárie.
Essa violência está representada de forma sofisticada nas atitudes vingativas de Bentinho, nar-
rador de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Ele passa a perseguir Capitu, após desconfiar de que foi
traído. Tal traição não é comprovada, mesmo assim o narrador se mostra amargo e pessimista. Como
punição, ele decide exilar Capitu. Em vez da agressão física, Bentinho opta pelo suplício público da
parceira ao mantê-la longe de seu espaço social. Tal exílio faz parte da vergonha social por que a mu-
lher tem que passar publicamente quando paira sobre ela a desonra do marido. Na ficção, Capitu paga
pelo possível crime que não cometeu, o adultério, pois nada fica provado. Dessa forma, Dom Casmur-
ro, com sua postura patriarcal, expõe a violência doméstica ao silenciar a mulher acusada de adultério.
No romance regional, o femicídio é parte das estratégias de manutenção da honra masculina,
por isso não causa espanto quando acontece. Menino de engenho, de José Lins do Rego, traz a represen-
tação desse crime como parte da cultura e como uma opção aceitável para um marido traído. O pai do
narrador, Carlos, mata a esposa após descobrir a traição. De forma repentina, esse crime nasce do des-
controle masculino e se justifica como tal, pois, historicamente, “[o] femicídio cometido por parceiro
acontece, numerosas vezes, sem premeditação
Explicação:
Tente forma uma redação com bases nesse texto... Boa sorte