Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa,
desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curol..." E em voz alta:
-- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião
e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos como namorados. Desça
desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
Muito bem! - exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegral Que beleza val ficar o mundo,
limpo de guerras, crueldade e traições! You já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm
vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
Infelizmente, amigo Co-ri-co-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra
vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.
Contra esperteza, esperteza e meia.
LOBATO José Bento Monteiro. O galo que logrou a raposa, Fábulas, 17. Ed. São PauloBrasiliense, 1985.
1. Quando o galo disse à raposa para esperar pelos cães para a confraternização, ele demonstrou
ar confiança.
b) otimismo.
c) medo.
d) Raiva.
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Letra A) confiança
Espero ter ajudado!
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