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Resposta:
Na etapa atual, da "globalização", são os Estados nacionais que criam os obstáculos à expansão do capitalismo, agora em escala mundial. ... Assim, para a grande burguesia internacional, os Estados nacionais se tomam economicamente incômodos.
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capitalismo. Assim, nos dias de hoje, poucos são os países que resistem.
A etapa atual da história do capitalismo lembra sua fase inicial. Em suas
origens, na Europa da Idade Média, o capitalismo, ainda em sua forma
mercantil, enfrentou fortes restrições feudais: a diversidade dos tributos,
moedas, leis e regras nos vários domínios senhorais, as rígidas regras das
corporações de ofícios, os códigos morais e religiosos impostos pela Igreja
romana etc. A burguesia de então, ainda mercantil mas uma classe
ascendente e cada vez mais rica e poderosa, apoiou firmemente a formação
das monarquias absolutistas e dos Estados nacionais, com o que obteve a
eliminação de muitos entraves feudais e conquistou novas posições de
poder. Esta fase foi também de formação e consolidação dos mercados
nacionais e das burguesias nacionais.
Na etapa atual, da "globalização", são os Estados nacionais que criam os
obstáculos à expansão do capitalismo, agora em escala mundial. Muitos são
obstáculos semelhantes àqueles da Idade Média: diversidade de tributos,
moedas, leis e regras, assim como protecionismo aos mercados internos,
restrições à ação das empresas privadas e a mobilidade do capital etc.
Assim, para a grande burguesia internacional, os Estados nacionais se
tomam economicamente incômodos. Mas, pelo menos por enquanto, eles
precisam ser mantidos como organismos administrativos e repressivos
regionalizados e' para dar apoio político e militar necessário para a
preservação da ordem capitalista internacional (mas mesmo nesta última
função eles também já começam a ser substituídos por entidades
multinacionais, como a OTAN, por exemplo).
Embora os Estados nacionais ainda não possam ser abolidos, suas
funções econômicas passam a ser reguladas e controladas externamente,
seja pela formação de um consenso doutrinário mundial (no caso, o
liberalismo econômico), seja por organismos específicos (Organização
Internacional do Comércio - que substituiu o GATI -, Fundo Monetário
Internacional, Banco Mundial etc.), ou seja também pela pressão da
burguesia internacional através de diferentes organismos.
O funcionamento da economia é padronizado para todos os países: a
moeda e a taxa de câmbio precisam ser estabilizadas, as empresas públicas
devem ser privatizadas, as empresas estrangeiras devem ter igualdade de
condições com as nacionais, as medidas protecionistas no comércio exterior
têm de ser eliminadas, no geral as regras do liberalismo econômico
precisam ser obedecidas. O exemplo mais avançado desta tendência à
padronização é o da União Européia; mas também os países da América
Latina, mesmo quando não integram "blocos econômicos", são exemplos
marcantes. A padronização mundial das regras do jogo capitalista é uma
exigência da burguesia internacional: os investidores precisam es