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A rápida expansão do café pelas terras do Vale do Paraíba fluminense se deveu a vários fatores: preços convidativos no mercado internacional, aproveitamento de estradas e de um sistema de transporte por mulas do período aurífero, disponibilidade de imensas áreas de terras de floresta virgem e um tráfico negreiro eficiente entre os portos da África central e do Brasil apto a suprir a crescente demanda por mão de obra. Além disso, a política do estado favorável às exportações do café e garantidora da continuidade da mão de obra servil não pode ser esquecida. Assim, em pouco tempo, as terras localizadas na Bacia do Rio Paraíba do Sul vivenciaram um processo de concentração da propriedade cativa e fundiária que fortaleceu os grandes senhores locais e impulsionou o seu enriquecimento em alto grau. Entre 1821 e 1880, em Vassouras, por exemplo, os senhores com 100 ou mais escravos, considerados mega proprietários, constituíam 9% do total de todos aqueles que possuíam cativos e detinham 48% do total de terras. Esta proporção é maior quando são incluídos os grandes proprietários com 50 a 99 escravos.
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