elabore uma síntese do texto Gobineau abaixo:
Nascido no dia 14 de julho de 1816 em Ville-d'Avray, comuna da França, Joseph Arthur de Gobineau exerceu atividades como filósofo, escritor e diplomata. Durante o século XIX, suas teorias sobre o racismo foram consideradas as mais importantes entre estudiosos do tema.
Tinha pretensões artísticas, tendo tentado ser escultor e romancista. Mas se celebrizou como ensaísta ao escrever o Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1855), seu livro mais célebre, um dos primeiros trabalhos sobre eugenia e racismo publicados no século XIX.
Foi referência preponderante na expansão do pensamento racial e do positivismo racial, chegando a influenciar o processo republicano brasileiro. Tanto o negro quanto o índio foram afetados diretamente por essas ideias, porém o foco neste artigo é a condição do negro.
O entusiasmo de D. Pedro II pelas conversas com Gobineau durou todo o tempo em que ele esteve no Brasil: o encontro perfeito entre o soberano e a teoria das raças superiores.
No Brasil, no início do século XX, a relação estabelecida entre uma ciência racista e o conceito de degenerescência é aliada na construção de um Estado racista e controlador, devido ao seu alto e perigoso índice de miscigenação.
Segundo o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, em artigo escrito no ano de 1874, os brasileiros seriam uma raça extinta em menos de duzentos anos. Isso por serem, em sua maioria, uma população mestiça, fruto da mestiçagem entre índios, negros e um pequeno número de portugueses.
A miscigenação de raças produzira-lhe desagradável impressão frequentemente expressa pelo diplomata em atitudes e palavras:
Já não existe nenhuma família brasileira que não tenha sangue negro e índio nas veias; o resultado são compleições raquíticas que, se nem sempre repugnantes, são sempre desagradáveis aos olhos.
O antropólogo e médico carioca João Baptista de Lacerda foi um dos principais expoentes da tese do embranquecimento entre os brasileiros, tendo participado, em 1911, do Congresso Universal das Raças, em Londres afirma:
A população mista do Brasil deverá ter pois, no intervalo de um século, um aspecto bem diferente do atual.
As correntes de imigração europeia, aumentando a cada dia mais o elemento branco desta população, acabarão, depois de certo tempo, por sufocar os elementos nos quais poderia persistir ainda alguns traços do negro.” Percebe-se nitidamente nesse trecho o teor do anseio pelo branqueamento.
Muitos intelectuais brasileiros difundiam as ideias da supremacia branca sem contestar e se posicionavam com preocupação de como o Brasil iria progredir com um povo miscigenado, em sua maioria por uma população não branca – negros, indígenas e mestiços.
De acordo com as visões dos maiores entusiastas dessa tese, em cerca de um século, os negros já teriam desaparecido do Brasil, enquanto os brancos seriam a maioria da população
As principais levas de imigração para o Brasil ocorreram entre meados do século XIX e a primeira metade do Século XX. “Portugueses, italianos, espanhóis, japoneses e alemães constituíram os principais fluxos em termos quantitativos.
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A resposta está na foto, Nascido no dia 14 de julho de 1816 em Ville-d'Avray, comuna da França, Joseph Arthur de Gobineau exerceu atividades como filósofo, escritor e diplomata. Durante o século XIX, suas teorias sobre o racismo foram consideradas as mais importantes entre estudiosos do tema.
Apesar de ter nascido em uma família que não tinha muitas posses, Arthur de Gobineau inventou uma genealogia falsa que o colocava como parte de uma família da alta aristocracia, ficando conhecido por Conde de Gobineau, título nobiliárquico que lhe foi concedido. No ano de 1835, Arthur de Gobineau começa a viver em Paris (França) e consegue tornar-se um funcionário do governo no cargo de secretário de Alexis de Tocqueville, escritor, historiador, político e pensador francês que obteve nomeação de ministro no ano de 1849. Atuando como diplomata, Gobineau prestou serviços no Rio de Janeiro, Estocolmo, Teerã, Frankfurt, Hanover e Berna.
Sem sucesso após tentativas de ser romancista e escultor, Arthur de Gobineau conseguiu reconhecimento após escrever o livro “Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas”, publicado no ano de 1855. Esta obra é considerada um dos estudos pioneiros sobre temas como racismo e eugenia com publicação no século XIX. De acordo com ele, a miscigenação seria um processo que estaria levando a humanidade a graus sempre mais altos de degeneração intelectual e física. Uma de suas frases mais famosas é: “Não creio que viemos dos macacos, mas creio que vamos nessa direção”.
Arthur de Gobineau veio ao Brasil em sua 2ª missão de diplomacia em 1869. Foi enviado para o país sulamericano a mando de Napoleão III. Apesar disso, demonstrava grande antiparia pela nação, tendo ido embora um ano depois. No país, ficou amigo de Pedro II, imperador, mesmo possuindo muitas ideias opostas. Após sua volta à Europa, continuou mantendo sua amizade com Pedro II por meio de cartas.
No Brasil, Arthur de Gobineau não conseguiu animar-se com nenhuma característica da sociedade. Segundo ele, o país apresentava raças inferiores e não tinha futuro, a miscigenação entre diversas etnias que ocorria na região originaria pardos e mestiços estéreis e degenerados. De acordo com suas teorias raciais, o Brasil estaria fadado ao fracasso e ao desaparecimento de toda a população, sendo que a única solução para o país seria a imigração de europeus, que, para ele, faziam parte de uma raça superior. Entre outros pensadores que foram influenciados pelas ideias de Arthur de Gobineau está Louis Agassiz, um viajante que representava o prisma do racialismo.