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Durante os mais de 20 anos de regime militar, o país foi marcado pelo autoritarismo e pela exceção, mas a ditadura criou uma fachada democrática para tentar se legitimar, bancando uma democracia com dois partidos, na qual a oposição era sempre impedida de ganhar; as regras eram alteradas sempre que houvesse risco eleitoral; e a maioria da população só votava para o Legislativo, que não tinha independência: quando desobedecia às imposições do regime, era fechado.
Para João Vicente Goulart, filho do presidente João Goulart, deposto em 1964, além de romper o legalismo e violar a Constituição do país, o regime militar transformou o conceito democrático. “A ditadura criou uma geração dizendo que aquilo [o golpe] era a democracia”, disse. Segundo o empresário, o regime militar usou vários artifícios para parecer legítimo. “A democracia é ou não é. Um conceito unívoco. O governo da maioria. E aquilo não era. A grande tragédia foi a criação desse conceito de ‘democracia’ favorável ao golpe”.
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