Para Piaget e Kohlberg, embora seja rara, a autonomia moral − definida como não necessidade de referência a figuras ou instâncias de autoridade − é uma realidade do universo moral. Quanto ao universalismo moral psicológico, ele também é afirmado pelos dois autores, para quem o desenvolvimento moral segue um rumo identifi cável: o de conceber a moral como organizada em função do ideal de justiça (inspirado pela eqüidade) e da reciprocidade universal. Tal tese, não claramente expressa por Piaget, é defendida em alto e bom som por seu seguidor, Kohlberg. Para ambos, se é verdade que, em fase de heteronomia, o sujeito esposa qualquer sistema moral, contanto que defendido por instâncias de autoridade, é também verdade que, superada a dependência heteronômica, em fase de autonomia moral, portanto, certos ideais morais se impõem, e não outros. E tal imposição deriva de processos sociais de cooperação e de processos psíquicos individuais de auto-regulação. Fonte: La Taille, Y. "DESENVOLVIMENTO HUMANO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA MORAL", Psicologia USP, 2007, 18(1), 11-36.
Respostas
Resposta:
Para Piaget e Kohlberg, embora seja rara, a autonomia moral − definida como não necessidade de referência a figuras ou instâncias de autoridade − é uma realidade do universo moral. Quanto ao universalismo moral psicológico, ele também é afirmado pelos dois autores, para quem o desenvolvimento moral segue um rumo identifi cável: o de conceber a moral como organizada em função do ideal de justiça (inspirado pela eqüidade) e da reciprocidade universal. Tal tese, não claramente expressa por Piaget, é defendida em alto e bom som por seu seguidor, Kohlberg. Para ambos, se é verdade que, em fase de heteronomia, o sujeito esposa qualquer sistema moral, contanto que defendido por instâncias de autoridade, é também verdade que, superada a dependência heteronômica, em fase de autonomia moral, portanto, certos ideais morais se impõem, e não outros. E tal imposição deriva de processos sociais de cooperação e de processos psíquicos individuais de auto-regulação.
Fonte: La Taille, Y. “DESENVOLVIMENTO HUMANO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA MORAL”, Psicologia USP, 2007, 18(1), 11-36.
Com base no contexto apresentado, analise as sentenças a seguir.
I– A justiça imanente envolve o fato de a criança, diante de uma infração à regra aceitar e considerar justo uma sanção.
II– Na justiça retributiva Piaget identificou dois tipos de sanções: expiatória e por contratos.
III– As sanções expiatórias apresentam como característica a arbitrariedade entre a sanção e o conteúdo do delito. Para que você entenda melhor, pensemos na situação de uma criança que mentiu e os pais tiraram a televisão ou, no contexto escolar, um professor que deixa a criança sem recreio por não ter obedecido a uma regra.
IV– As sanções por reciprocidade envolvem uma evolução quantitativa da justiça restaurativa. Este tipo de sanção não é fundamental para que a criança supere a heteronomia e alcance a autonomia moral, devendo ser desconsideradas da educação das crianças.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
a.
Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
b.
Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c.
Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d.
Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
e.
Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
Explicação:
Resposta:
a justiça imanente envolve o fato de a criança diante de uma infração a regra e considerar justo uma sanção.
as sanções expiatorias apresentam como características a arbitrariedade entre a sanção e o conteúdo do delito . Para q vc entenda melhor pensemos na situação de uns criança q mentiu e os pais tiraram a televisão ou no contexto escolar um professor q deixa a criança sem recreio por não ter obedecido a uma regra