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Segundo a mitologia grega, as amazonas eram mulheres guerreiras que lutaram contra os gregos na Guerra de Tróia. Eram descritas como mulheres fortes que abandonaram a maternidade por um ideal de disputa (segundo relatos, as amazonas amputavam um dos seios para melhor utilizar o arco). Como eram uma ameaça à soberania masculina, tiveram o mesmo fim que todos os que se opuseram ao domínio dos homens. Sua rainha, Pentesilea, foi morta de forma inclemente por Aquiles.
O ideal masculino sempre foi representado pela figura de um guerreiro. O atleta era sinônimo de força e virilidade. A mulher, ao contrário, era vista até bem pouco tempo como uma figura passiva e considerada em muitas culturas mais como um objeto a contemplar do que como um sujeito ativo.
Historicamente os diferentes esportes foram concebidos para os homens. Os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga eram reservados para os atletas masculinos. Às mulheres não era permitido participar e muito menos assistir às competições. Os homens tinham medo de que suas mulheres comparassem os corpos bem-feitos dos atletas com os seus. Por isso, somente as sacerdotisas tinham permissão de acompanhar as disputas.
O criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, Barão Pierre de Coubertin, era contra a participação feminina nas competições olímpicas, por considerar que o esporte desenvolvia características indesejáveis para a mulher.
Apesar de a primeira Olimpíada datar de 1896, a participação feminina só começou em 1900, nos Jogos de Paris. As mulheres representavam 1% do total de participantes (11 mulheres) e estavam inscritas apenas no golfe e no tênis. Mesmo assim, as que participaram do torneio de golfe tinham que jogar com traje longo e sapato alto.
Durante os últimos anos, nós pudemos ver a volta das mulheres guerreiras no cenário esportivo. As atletas têm aperfeiçoado o nível de suas apresentações, a ponto de superar o nível técnico masculino. A inclusão de modalidades como a ginástica e a patinação artística nas Olimpíadas tem contribuído, e muito, para revalorizar a mulher no mundo do esporte.
Exemplos como o da chinesa Zhang Shan, que em 1992 tornou-se a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro em uma competição mista de tiro, igualando o recorde mundial e batendo o recorde olímpico, mostram a força da mulher. Esse fato forçou a União Internacional de Tiro a organizar competições separadas. A alegação foi de que poucas mulheres conseguiam o índice para entrar na competição. Poucas, mas as melhores.
Aproveitando a semana da mulher, discuta com seus alunos a situação da mulher no esporte hoje e o quanto ela teve que lutar para conquistar seu espaço.
Existem razões para que se organizem competições separadas no esporte?
O argumento é que a separação serve para proteger o atleta mais fraco (por isso, mulher não luta com homem) e assegurar a igualdade de oportunidades (essa é alegação para não haver jogos mistos de futebol ou competições mistas de atletismo).
Será possível, em um futuro próximo, homens e mulheres competirem juntos em diferentes modalidades esportivas, mesmo naquelas em que se supõe que o homem se destaca?
O treinamento competitivo faz a mulher perder sua feminilidade?
Qual é a sua opinião sobre a participação da mulher em esportes considerados exclusivamente masculinos?
Podemos considerar essas atletas que estão se destacando no cenário mundial como novas amazonas, guerreiras do esporte, que lutam por um ideal?
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